Love Me Like You Hate Me

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Fatigados pelo dia exaustivo, eles acabaram dormindo rápido mas o sono acabou tão veloz quanto.

A casa estava, como Barb chamava: " Em modo automático".

8:00 era a hora em que Billy e Nora saíam para o colégio, todos os dias Phoebe ou Max levavam Chloe para a escola. Depois iam para o próprio emprego.

A casa ficava deserta durante boa parte do dia, eles estavam tendo mais tempo para sua relação e para si mesmo. Porém a paz acabou com o presente de muitos zeros que tiveram a grandiosa ideia de dar aos gêmeos. Antes de seu passado vir atormentar sua vida, o automóvel voltaria a ser dólares e iria ser repartido igualmente.

Era um feriado de três dias, em comemoração a dia que Hiddenville deixou de ser parte da Carolina do Norte, porém o segundo dia era feriado apenas para as repartições públicas e o varejo.

Eram 6:52, Hank estava escovando os dentes quando viu Barb levantar preguiçosamente. Nenhum dos dois não haviam olhado no relógio.

- Bom dia, amor.

- Bom dia, minha rainha.

Hank enxugou o rosto e depositou a escova no recipiente de porcelana e reafirmou o cumprimento com um beijo suave.

- Que horas são?

Perguntou Barb.

- Não imagino. Eu tive sonhos estranhos...

Um choro alto rompeu toda a tranquilidade da casa. De uma forma bizarra, eles haviam se esquecido da existência de Lorenna dormindo no quarto ao lado, e pularam em um susto compartilhado.

Barb soltou o marido e entrou em pânico ao se dar conta de que a havia esquecido, ela rompeu pela porta do quarto e ampurrou com força a porta do quarto imaginando que tivesse caído da cama.

A cama estava vazia, e o desespero se alastrou nela conforme o choro aumentava.

- Sophia!

Gritou, com os olhos a procurando pelo cômodo.

Lorenna estava sentada no chão, coçando um olhinho e chorando desesperadamente. Ela estava sem sem a parte de baixo do pijama, e sem as meias. Seu cabelo grudava na testa suada enquanto chorava de medo por não saber onde estava.

As mãos ágeis e trêmulas a alcançaram e Barb olhou para a cama.

- Você caiu? Caiu da cama? Está doendo? Está doendo?

Perguntou a apoiando melhor no colo, e vericando seus braços e pernas. Ela a ninou nos braços, para um lado e outro. Esticou a mão para pegar a chupeta e colocou em sua boca.

- Está tudo bem agora. Eu...a titia está aqui, meu amor. Está bem? Estou aqui com você.

Hank entrou no quarto a passos largos e se aproximou.

- Ela está bem?

A criança piscou os olhinhos azuis cheios de lágrimas, suas bochechas estavam avermelhadas e ela sugava a chupeta com força enquanto mexia no próprio cabelo.

O choro parou aos poucos sob o cuidado da mãe, e avó, inexperiente.

- Ela tem seus olhos.

Hank acenou positivamente, e observou cada detalhe da neta. Barb estava vidrada no rostinho de angelical, fixada nos olhos azuis de cílios longos. Ela nunca havia visto ninguém com aquela tonalidade de azul. A atenção daqueles olhos era para o outro lado da janela, ao céu cheio de nuvens, enquanto eles tinham a atenção nela.

Barb a apoiou no colo e sem se dar conta, beijou sua testa, absorvendo o cheirinho infantil.

Nora apareceu a porta.

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