Vynil

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OUTUBRO DE 2017.

Eles apenas se afundaram no banco da varanda de casa. Phoebe estava segurando o braço dele, era isso ou ela em breve iria cair. Não achou que a Quetzalli iria fazer efeito após os quinze minutos.

- Você foi incrível essa noite.

Ela disse, sem o olhar.

- Fui? Por que?

Perguntou.

- Você tocou perfeitamente.

Conta ela.

- Tinha dúvidas que eu fosse tocar bem hoje? Srta. Ironia.

Ele já não conseguia ver nada nitidamente, independente do que fosse acontecer depois, ele acordaria pensando ser um sonho.

Phoebe ri dele, chegando a fechar os olhos.

- Não estou sendo irônica.

Ela deitou a cabeça no banco.

- Se você soubesse...

Ele sussurrou, pensando que ela estava cochilando.

- Se eu soubesse de que?- Phoebe pergunta, o olhando bem. - Que sou a melhor filha? Muito melhor sendo uma heroína?

Perguntou, as vezes a imagem que ele passava dela, se resumia naquelas duas questões.

- Também, mas não é isso...se você soubesse acreditar que eu te acho inteligente, gentil, dedicada e paciente, sem nenhum tipo de rancor ou inveja, nem ciúmes. Você se sentiria extraordinária assim como eu te acho extraordinária. Você é a pessoa mais incrível do mundo.

- Por que tá dizendo isso?

Phoebe pergunta, buscando o olhar do irmão.

- Por nada, eu só queria que você soubesse.

Phoebe sente as bochechas ruborizarem, aquela sensação de nervoso no estômago.

- Nossa, Max...eu não pensei que você achasse isso de mim. Sempre acreditei que sentia ciúmes.

Max sorri, desliza o próprio braço até o da irmã entrelaça seus dedos, causando outra conexão, outra corrente de arrepios entre eles. Estavam com os rostos próximos, as respirações embaralhadas, enquanto seus olhares estavam perdidos um no outro.

Phoebe podia sentir o aroma gelado de Hall's escapando dos lábios entreabertos do irmão. Ela tinha os olhos desviados para a boca dele.

A mente deles gritavam o quanto era proibido. O quanto era inaceitável, inalcançável para eles cometer aquele ato, o efeito da bebida era irrelevante, estavam mais sóbrios que nunca. Mas o coração era é incompreensível, fazendo seus corações se aproximarem, os fazendo acreditar no quanto queriam aquilo, o quanto precisavam ficar juntos, o quanto se amavam.

Phoebe teve certeza que cederia de imediato se Max quebrasse a distância entre seus lábios, ela não fugiria, não lutaria contra. Apenas iria se afundar e corresponder o momento.

Max se aproxima de seu rosto, beijando o canto de seus lábios. Phoebe sente o coração pular no peito. Ela sente a respiração do irmão contra sua pele, a arrepiado toda. Max roça o nariz na bochecha da irmã, apreciando o cheiro doce dela. Phoebe apenas suspirava com aquilo.

- Não posso mais fingir não sentir isso em mim. O que eu faço?

Max pergunta.

O tom de voz sedutor, que ela jamais ouvira antes, e nunca imaginou que o irmão tivesse.

- Não sei, Max...

Ela vira o rosto para ter a melhor visão que pudesse dele. Antes que pudesse falar mais alguma coisa, ele segurou seu pescoço e a puxou para um beijo. Phoebe sentiu o corpo inteiro reagir, suas mãos deslizaram de seu peito até o pescoço dele, o puxou para mais perto. Quando ele intensificou o beijo, ela perdeu o controle de si mesma, e o beijou como nunca havia beijado na vida. Eles tentaram se aproximar mais, porém o som da voz de seus pais os assustou, Phoebe empurrou Max para trás, quebrando o beijo.

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