It Will Rain

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No lado externo da mansão, quando a neve dininuia o ritmo, Blobin e Barb caminhavam sobre a neve, ao redor da casa. Ele a escutava com atenção, e ela, abria seu coração, contando cada mínimo detalhe, esperando que ele entendesse seu lado.

- Luíza e Edgard faleceram quando a Sophia tinha apenas um ano de vida, três meses depois que eles a levaram. Depois disso, ela viveu com a irmã da Luiza. Uma mulher cruel que a maltratava, essa mulher morreu há dois meses, para o bem dela. E alguém a levou até Swellview. A Super Presidente Kickbutt soube de imediato quem ela era...e enviou a Brooklyn.

- A Brooklyn?

- Exatamente.

Terminou.

- Estou sem palavras.

Blobin conta.

- Até eu fiquei.

- Max e Phoebe estão convivendo com a filha...sem saber que ela é filha deles, sem saber que tiveram uma filha, sem saber que eles já sentiram amor um pelo outro. Isso é estranho.

- Como é.

- E o que farão? Mentirão até a morte?

Blobin pergunta, com uma pitada de ironia.

- Não temos outra opção.

Reitera Barb.

- Não concordo com isso. Mas é o melhor de fato. Fico feliz que me confie isso.

- Eu também. Aliás, me perdoe por omitir.

- Entendo você.

Responde Blobin.

Eles param de caminhar e observam a vista de outro ângulo. Estavam camuflados pelas árvores, mas a vista nunca fora tão perfeita.

Ela absorvia o ar, e tinha os olhos fixos na paisagem. Parecia uma obra de arte, e ele falou:

- Mesmo sem que Phoebe e Max saibam, ou os outros. Sophia é neta de vocês e sabem disso muito bem, deviam registrá-la, lhe dá seu sobrenome, deviam protegê-la e amá-la como deviam ter feito quando ela nasceu.

- Não sei se confio em mim mesma. Ela está sob tutela da Brooke, sei que por enquanto, uma procuração basta.

Pela primeira vez, Barb tenta sorri também.

- Acredito que seja. Confio na sua decisão, mesmo não sendo o que eu desejaria.

- Não vou abandoná-la.

- Passei muito tempo sendo o padrinho da Sophia, esperando para ver o rostinho dela e vê-la crescer. Eu daria de tudo para ela, seria o melhor padrinho do mundo.

Barb sentiu uma lágrima rolar por sua bochecha gelada, de fato, Blobin havia depositado tanta esperança no nascimento daquele bebê.

Ele continuou:

- Mas então vocês decidiram tirar ela da Phoebe e do Max, foi tão desolador, até pra mim. Vocês foram pessoas terríveis.

- Fomos...- Concorda.- mas estamos pagando por isso, Deus viu tudo. A infelicidade da nossa família depois que ela saiu daqui, Os vilões interrompendo o futuro deles...o estado do Max.

Blobin a olhou com esperança.

- Vamos corrigi isso, dando uma vida melhor para a Sophia.

- Max e Phoebe irão morrer sem saber?

- Jamais. Eles iriam nos odiar, nos desprezar e de nada adiantaria pois não lembraria de nada. Não vou abandoná-la. Mas preciso tornar tudo uma realidade, quero que tenha o nosso sobrenome. Mas pra isso preciso que os pais do Edgard em Londres desista do processo.

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