PRÓLOGO

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Dedico, a meu pai, que vinha de fininho por trás de mim e tentava ver o que tanto eu digitava no celular.

Ofereço, a você, querido. Por fazer o impossível por mim, pôr de volta em meus olhos o brilho que o mundo tirou quanto eu era apenas uma criança que fazia pedidos a estrelas cadentes.

Agradeço, a pessoa que ama essa história de tal maneira que eu fico chocada, e que esteve me ajudando a desorganizar tudo e reinventar, Duda, você é inacreditável. A meus amigos que me inspiraram e ajudaram a criar esta narrativa lá no pátio do colégio enquanto a gente comia uma casquinha e também a surra que eu levaria se soubessem que eu não deixei nada no lugar desde de a última vez que nossos olhos se encontraram "frente a frente".

ϟ ▪︎ ϟ ▪︎ ϟ

Max estava sentado no sofá, largado, com o controle na mão, era uma segunda feira do mês de outubro e faltava pouco para que ele saísse para ir á escola na companhia da irmã.

Desenho animado na tela, os pais no Corta-Custo a procura de um micro-ondas novo pois Nora quebrou brincando de Pega-Laser com Billy na noite anterior.

Não havia ninguém além deles dois.

Max passava os canais de maneira aleatória, fazendo uma lista mental de todos os salvamentos do mês, então houve um barulho muito alto vindo do andar de cima, como uma queda brusca de alguma coisa.

Ele leva o olhar para o teto.

- Phoebe?! Você tá bem?

Levanta e caminha até os pés da escadaria, que guiava para o andar superior.

Houve um segundo estrondo e Phoebe apareceu no topo.

- O que foi isso? Tá destruindo a casa.

Ela desce as escadas e passa por ele.

- E o que você tem?

Pergunta mais uma vez, a seguindo pela sala.

Um movimento desastroso faz vaso da decoração da sala ser arremessado em direção a Max. Que pega no último segundo e cai de costas com ele.

- Você tá bem?

Phoebe pergunta, o ajudando a levantar. Ela , estava visivelmente aflita.

- Pode me contar o que tá acontecendo?

Ela o olhou com os olhos repletos de lágrimas e lhe estendeu um fino objeto.

Max segurou entre as mãos sem entender de primeira o que ele significava.

" Positivo "

Ele abriu a boca algumas vezes, procurando pelas palavras certas. Max encarou a irmã se perguntando o que se passava em sua cabeça.

- Não pode ser...

Max murmura, olhando com susto para o monitor. Ela afasta os cabelos que caem insistentemente sobre seu rosto molhado.

- Não....isso - Ele até tentou rir, com bastante desconforto.- tá errado...

Uma sensação absurda de estranhamento e uma vontade de chorar lhe possuiu. O desespero estava cravado em seu olhar.

- Não pode ser. Não pode ser. Nos protegemos, Phoebe...

- NÃO FIZEMOS O BASTANTE! - Ela gritou, andando pela sala completamente desolada, frustrada e confusa.- E, agora?! O que vamos fazer?!

Sentou no sofá após minutos caminhando sem rumo, caminhar não iria mudar absolutamente nada.

- Vamos, dar um jeito. Vamos, Phoebe...

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