Somebody To Die

399 33 9
                                    

O tempo e o espaço não existiam no momento em que ela abriu a porta do automóvel com urgência, correu ao redor do carro e avistou a criança.

Do outro lado, Max lentamente se abaixou e lado do pequenos ser, tremia por inteiro, não só porque tinha possivelmente quase passado o carro por cima de uma criança mas como se tudo fosse além disso.

Phoebe se aproximou de um modo amedrontado, ela estava apavorada e a prova disso foi que uma lágrima solitária rolou por sua face, tinha certeza que não não uma eternidade mas que o tempo deles havia sido modificado.

Viu o irmão tirar o celular do bolso para ligar para a emergência, e de repente, Grace, a vizinha, se chegou correndo.

- Meu Deus! O que aconteceu?!

Perguntou, horrorizada.

Eles apenas alguns metros de casa.

O filho adolescente do vizinho da casa ao lado da sua correu até eles.

- Você atropelou ela?!

Perguntou.

E depois, inúmeras vozes ecoavam por sua cabeça. Ela tinha os olhos fixamente na criança, era uma menina pequena, por volta de três anos, estava desacordada e com um corte na testa. Phoebe achou que iria morrer, seu coração estava a mil por hora, e ela não tinha forças para levantar dali, sentiu que estava prestes a desmaiar. Mas ao olhar para aquela criança, o mundo, as vozes daquelas pessoas e o que poderia ter acontecido se Max estivesse vindo em alta velocidade não eram importantes. Tinha conhecimento básico para afirmar de que a criança ficaria bem, tudo foi superficial.

Então ela foi trazida para a realidade pela voz de Billy.

- Sophia!

Gritou o garoto.

- O que aconteceu?!

Perguntou Nora, se abaixando ao lado da prima e tocando seu braço.

- Ela acabou de perder os pais!

Lamentou Billy, levando as mãos à cabeça.

- Vocês sabem quem ela é?!

Max questionou.

Hipnotizado pela presença daquela garotinha. Ele levou as mãos a face, e voltou a se abaixar.

- Ela é nossa prima!

Revelou Nora, com lágrimas molhando sua face.

- Onde está a ambulância?

Alguém disse, visto que uma pequena multidão começava a se formar.

Max lentamente se apoiou para ver a menina, e seu coração deu um solavanco.

Vê-la ali, caída, o deixava a beira do desespero. Havia desejo, desejo de sarar aquela dor e curá-la o mais rápido possível.

A irmã não estava diferente, sua pele estava gelada e suas mãos trêmulas e Max se aproximou dela, algo lhe dizia que Phoebe estava prestes a desmaiar.

Phoebe se abaixou, lentamente passou os braços por baixo da criança.

- Não faz isso!

Grace orientou.

- Ela pode ter quebrado alguma coisa.

Ela a ignorou, pegou a criança nos braços e levantou, ela era leve, mas ela sentiu uma tração forte em seu coração. Desmaiar seria um dos menores de seus temores, mas ao tê-la nos braços, a olhou intensamente, nunca nem tinha a visto antes. Mas foi como se ela conhecesse a vida inteira, sentiu que podia tudo, nem sabia quem era ela até aquele instante, porém seu coração cantava no tom de sua canção e Phoebe não tinha dúvidas quanto aquilo.

HiddenOnde histórias criam vida. Descubra agora