Power

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O som ainda era constante e distante, mas havia ruídos de fundo. Ruídos que ela não conseguia distinguir.

Sophia abriu os olhos e a forte luz branca os penetrou como agulhas fazendo-a fechá-los novamente.

Um cheiro de detergente invadiu suas narinas e ela sentiu queimar. Lentamente, ela abriu os olhos novamente e tudo estava branco.

Então ela começou a ter lembranças de tudo o que houve, a casa de Alyssa, a piscina e a água a puxando para baixo, teve lembranças de Max lhe apertando entre os braços, mas quando levantou viu que ele havia desaparecido e ela estava sozinha naquele quarto estranho. Não havia nem sinal dele, ou de alguém de sua família, aquilo a deixou em pânico.

Ela começou a puxar todos os fios que a conectavam as máquinas, e rapidamente desceu da cama, caindo da mesma no processo. Ela levou a mão até a cabeça que começou a doer pela pancada.

- Max?

Chamou olhando para todos os lados, aos prantos, os monitores desconectados começaram a apitar sem cessar, a deixando ainda mais desesperada. Ela empurrou a porta do banheiro e caiu dentro dele, desorientada.

Levantou mais uma vez e praticamente se arrastou até a porta, abrindo a mesma e correndo corredor a fora, enquanto corria pingos de seu sangue pingavam no chão incessantemente pois antes ali havia um IV.

Quando chegou na recepção as mulheres atrás dos monitores saíram para vê-la.

- Docinho, vem aqui.

Chamou uma, estendendo os braços. Mas a menina voltou a correr, conseguindo passar por elas.

A outra apertou num botão vermelho e imediatamente todas as portas se travaram ao mesmo tempo.

Lorenna tentava abrir todas, para se esconder daquelas pessoas estranhas, mas as portas não se abriram.

Nenhum deles sabia como lidar com ela por isso os seguranças apareceram pá tentar contê-la, sabendo que ela não não apenas uma criança com qual os médicos podiam lidar facilmente. Os médicos do piso tentavam pegar ela de toda maneira, chamando seu nome, porém isso a fazia ficar ainda mais fora de controle.

Ela estava cercada, havia três pessoas de branco e três de preto. E ela sozinha naquele corredor.

- Venha, pequena. Vamos te levar para sua família...

Falou uma mulher, se abaixando.

Sem saída ela se aproximou devagar, estava suada e cansada de correr.

- Você mente!

Falou, seus olhos começaram a ficar cingidos por uma auréola azul e ela moveu o braço e a mulher foi lançada com brutalidade na parede por uma energia azulada. Sophia olhou para as próprias mãos e as escondeu atrás das costas.

Eles nada podiam fazer senão se defender, ela tinha três anos, e as regras não estavam a seu favor.

Seu cabelo longo ganhou mechas azuis, como se tivesse tingido e ela estava completamente possessa por algo maior do que jamais entenderia.

Ela parou ao ver que não havia mais ameaças, e se encostou em uma parede, soluços de um choro angustiante ecoavam pelas paredes e voltavam de volta para ela.

A menina abraçou os joelhos e continuou chorando sem reservadas, de medo, de dor e desespero em ver aquelas pessoas mortas por sua causa.

- Desculpa...desculpa...eu não quelo isso...

Gritou para eles.

Olhou para suas mãozinhas e viu que uma camada de gelo estava se formando.

Quando Thunder Man e Electress entraram no andar, segundos pelos filhos mais velhos e por agentes da Liga de Heróis, pararam de andar ao mesmo tempo ao sair do elevador e parar em frente ao que antes eram portas duplas para o andar três.

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