Beauty Lies

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Barb balançava a criança devagar enquanto sussurrava uma canção. A garotinha piscou devagar, a fazendo ter certeza que o sono havia lhe dominado por completo.

A mãozinha se fechou sobre seu peito, o movimento de sucção da chupeta ganhou um ritmo mais leve. Barb a apoiou com um só braço e pegou sua mãozinha para beijar a palma, tinha o cheiro da colônia doce que usava.

Hank estava colocando todos os filhos na cama, era importante para ele vê-los cobertos e tendo uma boa noite de sono.

A criança mexeu os bracinhos e gemeu cheia de dengo.

- O que foi, pedacinho do céu?

Perguntou baixinho, lhe apoiando melhor no colo e segurando seu bracinho. Ali em frente ouviu o riso do filho, e então lhe mirou.

- O que é?

- Não é nada.

Max respondeu.

Ele estava sentado em uma cadeira laranja que pertencia ao quarto de Phoebe, e tinha um sorriso divertido. Embora sua expressão completa revelasse alguém cansado e seus olhos alguém inquieto.

Achava que era a única semelhança pertinaz entre os gêmeos, os olhos deles revelavam mais do que podiam dizer e as vezes, falavam o que suas vozes não podiam. Ela via isso se repetir com a neta, embora ela ainda não conseguisse se expressar bem ou falar coerentemente, ela descobria muitas coisas apenas lhe olhando nos olhos.

- Você não cansa de balançar ela?

Perguntou Max.

- Nunca. Desde que se tem cinco filhos, não se vive mais sem balançar. Vai ver, vai balançar até as plantas, acaba virando um movimento automático.

Max desviou os olhos para a porta, deixando claramente mais uma vez que o assunto o assustava.

- Max, diz o que não esta te deixando aflito.

Pediu a mãe.

- Phoebe me deu o carro.

Barb estreitou os olhos.

- O que?

- É exatamente isso. Ela...- ele junta as mãos e começa a estalar cada dedo da mão esquerda.- está tão diferente. Não sei o que a levou a agir assim, é como se ela estivesse presente e ao mesmo tempo distante.

- Filho, mas vocês estão tão bem. O me deixa com dúvidas é a respeito do carro. Tá bom que ela está vendo a sua situação, mas até há alguns meses vocês estavam se matando por causa dele.

Max olhou para a mãe com os olhos arregalados após ela mencionar o ocorrido.

- É como se ele fosse irrelevante agora. Sinto como se ela estivesse fazendo tudo para me ver feliz mesmo não estando feliz.

Barb olhou para o filho, ele suspirou e seus ombros caíram alguns milímetros.

- Max, ela está feliz por você. Ela tem acompanhado a Alyssa nas consultas, está dando apoio a ela e consequentemente ao seu filho.

O jovem pareceu não ouvir o que a mãe disse.

- Eu só queria perguntar qual é o problema dela, sem fazê-la se afastar totalmente de mim.

- Deixe ela, Max.

Barb solicita.

Ela abaixa os olhos para a criança em seu colo. Não era apenas Phoebe. A menina podia está muito contente, mas murchava como uma flor ao ver Max. Lorenna também estava muito diferente com ele. Era como se o amor de antes tivesse se transformado em uma coisa sem graça,

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