The End Is Now

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Os olhos de Alice vagueiam pela sala de estar com rapidez quase não notável para as pessoas normais, não para eles, é claro, alguém que lida com crimes não pode deixar passar um só suspiro.

Ela estava sentada na sala de estar deles, seu cabelo de um tom de loiro dourado deslizava cordialmente por seus ombros seguros, ela sequer demonstrou algum tipo de insegurança ou vergonha em entrar na casa de pessoas desconhecidas que permitirá, ou não, que ela pusesse os olhos na sobrinha que só havia visto uma vez em sua vida. Sorria e respondia a eles como se os conhecesse a vida toda, sua coragem e amabilidade os deixavam ainda mais incertos de suas intenções.

Não havia um só par de olhos que não a estivesse fitando, indiretamente pelas frestas dos armários, escadas e janelas.

Bárbara e Hank estavam a sós na sala de estar, Alice não percebia que está sendo vigiada de todas as maneiras possíveis, talvez perdida em seus próprios pensamentos. Uma coisa era certa: todos da família estavam igualmente chocados com a situação que acabava de se apresentar.

Este é um momento em que os Thundermans estavam preparados ha muito tempo, mas na hora tudo o que foi planejado antes não era nada além de um plano vazio e sem sentido. Não queriam admitir que tudo o que estavam pensando era como fazer aquela garota saí de sua casa e nunca mais voltar.

Ela era adorável, mas representava um perigo eminente. Uma bomba relógio prestes a explodir.

Então, foi somente quando eles sentaram, que perceberam que não queriam que Lorenna fosse embora. Mesmo que ela fosse a neta deles de sangue, ainda que eles estivessem sempre no controle de Max, Phoebe, e tivessem reiniciado o sistema e girado a chave para que eles caminhasse para uma estrada oposta para longe de Lorenna, e e tivessem pensado em mentir a vida toda para a menina, era monstruoso imaginar que a família McAllisten, a quem eles a entregaram, possuía poder para puxar as cordas certas e manipular eles, afinal a criança pertencia a eles.

O tempo de Kickbutt, estava prestes a acabar. Deviam saber que ela jamais prometia algo que não pudesse cumprir.

- Posso imaginar o que tenham passado durante todos esses meses. Não acho que sabiam por onde estava a Luiza, ela nunca mencionou vocês. Deve ter sido sido chocante quando a Sophia apareceu.

- Foi inesperado.

Respondeu Barb.

- Apenas penso no que teria acontecido se não pudessem ficar com ela. Ela teria sido mandada pra um orfanato durante todo o processo, que já dura quase anos. - Barb respirou fundo, e concordou num modo automático.- Ela foi ignorada pela tia, que só se interessava pelo dinheiro do governo e pela herança que ela herdou do meu irmão. Ela é tão pequena, é doloroso pra nossa família e, principalmente para meus pais, quando a gente teve que assistir calados e se contentar em saber notícias vindas de crenças que a vida da única filha do falecido filho deles estava sendo transformada de forma incerta, com marcas permanentes por quê a pessoa que devia protegê-la não era responsável o bastante.

Alice ergueu os olhos para eles, seu rosto erguido em desafio.

- Eu posso imaginar.

Respondeu Hank.

Não sabia se estava falando isso pra si, ou para Alice.

- O processo está chegando ao final. E só agora o nosso advogado pode ter acesso ao seu endereço, assim como ganhado ao autorização judicial para vir vê-la. Eu pedi que fosse a primeira a ver ela, após tudo isso, não quero que pense que está sozinha neste mundo, que está abandonada por sua família. A família é sagrada, a gente não abandona ou esquece.

Henry e Barb trocaram olhares de desespero. Podiam se deparar com as piores criaturas do universo, com os criminosos sem escrúpulos, levar tiros ou apanhar. Nada afeta sua contratação em momento complicados, ninguém era capaz de tirar sua frieza em momentos de tensão. Mas se colocarem Sophia, indefesa e negligênciada, tudo mudava.

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