Capítulo 38

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Por Emily

4 anos depois

Vou lhes contar uma coisa sobre ser mãe, vc pode dar adeus a saltos e roupas q são difíceis de amamentar, ainda mais se for mãe sozinha e sua filha ser mimada e não pegar na mamadeira quando vc está por perto.
Eu sei q isso deixou vcs totalmente confusos então vou voltar um pouco, mais especificamente 4 anos, 4 anos se passaram desse aquele desastroso verão e faz 3 q não vejo o Jere apenas a Lia, Conrad eu nem vejo nas redes sociais desde aquele dia
Eles continuam vindo todo verão pra cá mas sempre dou uma desculpa pra não passar com eles, e o motivo tem nome e sobrenome, Angel Shell um serzinho de 1 ano e meio que é minha cópia, veio me fazer pagar meus pecados.
A dois anos eu tava quase terminando a faculdade de ADM, e no meu aniversário de 21 anos resolvi ir em uma festa e isso resultou em muita bebida, algumas drogas, dois cara e eu em um quarto. Não faço a mínima ideia de qual dos dois é o pai ou até mesmo quem eram eles mas isso não importa pois sei q eles nunca iam querer assumir ela.
Descobri a gravidez quando tava com quase 2 meses e contei a minha mãe, ela não estava bem cmg ainda mas não imaginei que ela me botaria pra rua e não olharia mais na minha cara por além de ter um filho fora do casamento ainda não saber quem era o pai.

Flashback

Tô sentada no chão do banheiro abraçando minhas pernas com 3 testes positivos na minha frente, um deles indica q estou a 2 meses e nem havia percebido já q sempre fui desregulada.
Fico encarando aquilo sem saber oq fazer, pelas contas foi no dia do meu aniversário e impossível eu saber quem é o pai então nem ajuda com isso posso pedir. Não posso simplesmente fazer outro aborto pq não tenho dinheiro pra isso e se fizer posso morrer dessa vez por ter q ser em clínica clandestina que seria mais barato.

— Emily Shell vc tá nesse banheiro a quase uma hora— escuto minha mãe falar— se vc não sair logo eu vou derrubar essa porta

— Já vou— digo catando tudo do chá e me preparando pra contra pra ela

— Q cara é essa?— pergunta quando eu abro a porta

— A gente pode conversar?

— Q merda q vc fez agora?— fica séria e entrego o teste pra ela— de que é?

—Eu não sei— falo baixo e sinto o tapa no meu rosto

— sai da minha casa— ela fala baixo mas com ódio

— Mãe eu...— ela me corta

— SAI DA MINHA CASA— volta a me bater e fico tão reação que não me defendo— EU DEIXEI VC FICAR AQUI DEPOIS DAQUELAS MERDAS MAS EU NÃO VOU MIS ATURAR VC SENDO UNA VADIA!

— Eu não tenho pra onde ir!— digo chorando desesperada

— Eu não me importo, por mim pode ficar na rua— Fala sem demonstrar nenhuma piedade— por mim pode morrer pq vc não é mais minha filha.

Suas palavras me acertam como facadas e vou pro meu quarto enfiando as roupas de qualquer jeito em uma mala e pegando o pouco dinheiro que eu tinha guardado e quando passo pela sala vejo ela me olhando com desgosto, espero uns segundos achando q ela vai mudar de ideia mas não acontece então saiu de casa e ando um pouco até sentar numa praça, quando meu sangue esfriar posso sentir um dor na boca e pela tela do celular vejo q está cortada. Penso em ligar pra Lia ou Jere, até msm o Conrad mas desisto bloqueando o celular, não vou incomodar eles com isso, estão vivendo as suas vidas e não as estragando igual eu. Mas como o capeta gosta de ferrar minha vida mais ainda meu celular toca, uma ligação de vídeo da Lia, desligo mas a mesa volta a ligar então limpo o rosto e atendo

— Emi vc não faz...— ela começa animada mas para ou me ver— Oq aconteceu?

— Nada, me conta vc? Pq a animação?— tento mudar de assunto

Cousins Beach e o Verão que Mudou Nossas VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora