Capítulo 24

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Por Conrad

Quando chegamos em casa vejo a Emi dormindo do meu lado e fico olhando ela um tempo, por mais que eu tente eu não consigo simplesmente focar nela e esquecer tudo na minha volta, sempre tem algo que nos afasta seja nossas mães ou a Belly.
Vejo minha mãe na janela olhando pro carro e aí resolvo sair logo e a pego no colo levando pra dentro e a coloco no meu quarto descendo novamente pra beber água.

— Onde vc foram?— minha mãe pergunta

— Buscar elas em uma festa— dou de ombros omitindo algumas partes

— E a Belly?— olho confuso pra ela — ela ficou esperando vcs pra uma noite de jogos

— esqueci totalmente disso mãe, amanhã falo com ela— digo guardando o copo de volta

— Connie, meu amor, vc sabe q essa garota é problema, a mãe dela msm diz q ela vive bebendo e com vários — ela diz me olhando — me surpreende ainda não estar grávida

— Não fala assim dela— digo me estressando

— Vc tem a Belly que é apaixonada em vc, é uma garota boa e conhecemos ela bem, pq não dá uma chance a ela?

— Pq eu não gosto dela assim mãe, ela é como uma irmã pra mim

— Vcs cresceram juntos mas eu nunca quis vcs como irmãos, sempre quis juntar vcs pq eram lindos juntos

— nem tudo é do jeito q vc quer— digo simples

— eu nunca devia ter deixado vcs fazerem amizade com essa garota

— a gente ia de uma forma ou outra— falo saindo antes de falar algo q me arrependa.

Ao chegar no quarto vejo ela deitada e abraçada com um ursinho que deixava na cama, ela mesma tinha me dado depois de pegar em uma máquina dizendo que era a minha cara só pq era um urso com cara de estressado. Me deito do seu lado mantendo distância pq sei q ela está brava com cmg e vou respeitar seu espaço.

Por Emily

— NÃO— Me sento ofegante e vejo q não estou realmente no meio do mar e sim no quarto... Do Conrad?

— Emily? Oq foi?— ele diz sentando tbm e me olhando preocupado— vc tá chorando?— passo a mão no rosto e sinto as lágrimas

— O barco tinha virado e vcs... Vcs todos estavam lá e eu não consegui pegar vc, me desculpa— falo com desespero voltando a chorar

— Foi só um pesadelo— ele me abraça— eu tô bem, o Jere e a Lia tbm estão bem— ele tenta me reconfortar— nada de mal aconteceu ou vai.

— Foi muito real....— falo num sussurro sem conseguir respirar e o afasto— vcs morreram e foi minha culpa, eu não consigo ajudar vcs nem mesmo na merda de um sonho imagina....

— Eiiii— ele me corta quando começa a falar muito rápido e minhas mãos a tremer— 5 coisas— diz segurando minha mão— 1 coisa q sente o cheiro

— Do mar— digo depois de uns segundos tentando pensar em algo

— 1 coisa q sente na pele

— Suas mãos— digo olhando pra elas

— 1 coisa q consegue ouvir além da minha voz e sua respiração— esse requer mais atenção do q eu consigo já q minha respiração está tão ofegante q me ensurdece

— Eu não sei...— ele não diz nada e sei q tenho q tentar então fecho os olhos controlando a respiração— grilos

— Um gosto

— Pasta de dente!?— mais pergunto q afirmo e ele da um sorriso

— 1 coisa q vc vê ao longe— olho pela janela

— o farol— digo focando no pontinho de luz ao longe

— Melhor?— ele pergunta e o olho

— Sim.... Obrigada — sorriu fraco, ele sabe como lidar com minhas crises de ansiedade já q não são de hoje— posso perguntar uma coisa q vai parecer sem sentido agora?

— Sim— me olha curioso

— Pq eu tô no seu quarto?

— Pq vc dormiu no carro e eu te trouxe pra cá já q a Lana e a Taylor estão ocupando os quartos de hóspedes, mas juro q dormi do outro lado da cama e de costas pra vc— diz a última parte na defensiva

— Ata, vlw— digo sem saber oq mais falar e ficamos em silêncio um tempo

— tá com fome?— pergunta do nada e Assinto— quando vc não tá né?— ri

— idiota— bato de leve nele rindo tbm

— Topa ser minha parceira de crime e assaltar a geladeira?— levanta com um sorriso enorme

— Como quando eramos crianças?— me levanto tbm

— mas dessa vez sem sermos pegos

— Aquele dia além de irmos dormir com fome ainda acabamos de castigo— lembro rindo e descemos em silêncio

— cereal?— pegunta baixo abrindo a geladeira

— Com jujubas— bato palmas sem fazer barulho

— parece uma criança ganhando chocolate— fala rindo e pegando as coisas

— mas não pareço criança quando vc quer me beijar né?— sorriu de lado e ele me olha

— Pra quem tava mal já vem espertinha né?— Diz com o mesmo sorrisinho

— fiz nada— coloco o leite e as jujubas no meu cereal

— nunca vou entender essa sua mistura, fica mais doce q comer açúcar— faz uma careta

— Eu sou um gênio incompreendido msm— faço drama comendo

— O ser mais dramático— diz rindo

Minutos depois

— posso?— faço carinha fofa apontando pro prato dele

— achou matar o Jeremiah por te ensinar a beber sobra de leite— passa a tigela pra mim

— mas é muito bom— digo e bebo

— é nojento

— Nojento é vc— dou lingua

— quem da língua pede beijo— fala se aproximando

— Eu não pedi nada— dou um passo pra trás e esbarro em uma panela a fazendo cair e nos olhando assustados

— Quem tá aí?— escutamos uns segundos depois

— Droga— falamos juntos

Ele segura minha mão e me puxa pro lado de fora onde damos a volta na casa e entramos de volta pela porta da frente, já q pessoa estava na cozinha, e subimos correndo de volta pro quarto dele e quando chegamos acabamos batendo a porta, nos olhamos e começamos a rir

— Isso foi melhor q cena de filme— falo me jogando na cama

— Culpa sua isso tá?— ele deita do meu lado

— minha? Vc q me desconcertou— o olho brava

— então eu te deixo assim é?— sorri malicioso me encarando

— Sim... Não— me perco— Aaaaa vai dormir Fisher

Me deito novamente e escuto ele rir enquanto me viro de costas pra ele e depois sinto ele me cobrir e não leva muito tempo até eu pegar no sono novamente sem mais pesadelos

Cousins Beach e o Verão que Mudou Nossas VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora