Capítulo 54 (Final)

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Por Emily

— Cadê essa menina q não volta?— Falo olhando o relógio já nervosa, passava das 5 da manhã e eu não tinha dormido nada

— Amor, ela foi se divertir— Conrad diz cansado— Vem dormir q ela já chega

— Ela nunca passa das 3 sem avisar— ando de um lado pro outro— e se aconteceu alguma coisa?

— Não aconteceu nada— Ele levanta me fazendo parar de andar— Vc tem a se acalmar antes q vá parar no hospital

— Eu não tô nem aí pra isso, como vc acha q eu vou me acalmar se minha filha sumiu?— Me afasto dele nervosa

— Emily!— Fala um pouco alterado— Ela tá bem, ela sabe oq faz e vc não pode ficar se estressando e sabe disso

— Pq eu sou uma bomba relógio e meu coração pode parar do nada? Eu sei disso, tem uns 5 remédios q me lembram disso todo dia— Respiro fundo sentando na cama— Eu só tô preocupada

— Eu sei, eu tbm to mas sei q a gente ensinou as coisas bem pra ela— se abaixa na minha frente— E ela é sua cópia então sempre sai bem das coisas

— Espero q ela se saia melhor q eu— falo baixo olhando a tela do celular q tem a minha foto favorita dos 3, no dia q os gêmeos nasceram

Flashback

— Cadê a eles?— Angel pergunta animada

— Tão aqui amor— Digo do quarto e logo ela aparece ofegante por ter corrido— Cuidado tá bom?

— Eles são tão pequenos— olha eles sorrindo

— Vc era do tamanho deles— rio fraco lembrando

— Pq eu não tenho foto bebê com o papai?— Ela pergunta do nada

— Pq...— eu sempre temi esse dia chegar mas sempre me preparei pra ele— Connie não é seu pai biológico meu amor, ele começou vc quando tinha 1 ano já

— Como assim?— ela me olha triste— ele não é meu papai? Eu não sou filha dele? Quem é meu pai?— ela lança várias perguntas e nesse momento Conrad chega

— Eu sou seu pai princesa, pq vc escolheu, assim como eu, como ele — Ele senta na cama e a coloca no colo— Na verdade eu sou seu padrasto, mas isso não te faz menos filha que os dois

— Eu não sei quem é o homem q seria seu pai— completo— Mas sei q ele não era legal, mas o Connie sempre te amou e te escolheu

— Então eu não tenho o msm sangue a ele?— negamos— mas msm assim vc me ama?— ele assente sorrindo— e não é pq eles nasceram q vc vai me deixar?

— Nunca, eu nunca vou te deixar— ele afirma— vc é meu primeiro bebê e eu vou te proteger pra sempre.

Ela se agarra no pescoço dele sorrindo e ele a abraça forte, fico olhando sabendo q fiz a escolha certa e sou super feliz com essa família.
Angel pede pra segurar os meninos e deixo, ela senta na cama e coloco eles em seus braços.

— Não se preocupem, eu vou sempre proteger vcs— elas fala com eles— E vcs tem os melhores pais no mundo, assim como eu— os dois sorriem em seu colo e ela acaba sorrindo tbm e por sorte Conrad tira uma foto na hora.

Flashback-off

— Eu vou dar uma volta na praia pra espairecer— falo levantando

— quer que eu vá com vc?— me olha preocupado

— Não, obrigada— sorriu fraco e pego o casaco saindo de casa.

Começo a andar pela areia e respiro fundo, o cheiro da maresia sempre me acalmou e é isso q eu preciso depois de tantas coisas estressantes nesses últimos anos.
A 10 anos descobriram uma massa no meu cérebro, maligna, mas ao msm tempo descobriram que eu tava grávida e não podia começar o tratamento, me deram a opção de tirar os bebês mas não quis e assim adiei. Quase morri durante a gestação e o parto, tive q fazer cesária e ao msm tempo a cirurgia de remoção, depois disso a químio e diversos medicamentos que deixaram meu coração fraco e agora mais medicamentos, acho irônico o fato do que devia te salvar na vdd acaba te matando cada dia um pouco.
Quando eu descobri minha mãe foi avisada já q usei o plano de saúde q era nosso antigamente, ela foi me ver apenas pra dizer q não usasse mais, aquilo doeu muito mas depois disso não a vi mais. Quem mais me ajudou a passar por isso foi Suzana q já conhecia as coisas e me apoiou tanto no tratamento como com as crianças e ela se tornou como uma mãe pra mim
Volto pra realidade quando vejo uma menina sentada na areia e começo bem aqueles cabelos e vou até lá sentando do seu lado.

— Oq aconteceu?— ela me olha supresas

— Nada— fala rápido

— Eu te conheço desde q nasceu menina e sei q vc não tá bem— ela Suspira

— Eu beijei a May no aniversário dela e agora ela tá estranha, fui falar com ela mas ela simplesmente disse q era errado gostar de garotas— sinto a pontada de raiva na sua voz

— Ela foi errada falando isso mas tem q entender q ela tá confusa, nunca deve ter pensado q podia sentir algo por meninas— tento explicar— lembro q sua tia quase surtou quando começou a gostar de garotas tbm, foi dias até ela se convencer q estava tudo bem.

— Mas ela sabe q não é— diz cansada— a tia me apoia e vc e o papai tbm, pq ela pensa q é errado? E se for msm?

— Não tem nada de errado em amar independente do sexo amor— passo a mão em seu rosto tirando o cabelo— ela só tá confusa mas logo vai entender as coisas, o amor nós deixa doido.

— Eu não sei se quero mais me machucar com isso— ela olha pra frente— se ela tá tão confusa assim vou acabar saindo machucada

— Não faça igual eu e deixe o amor fugir por medo, vc não sabe se vai dar errado msm— supiro— de tempo ao tempo, não force nada e deixe acontecer mas não fuja, me promete?

— Eu prometo— ela me olha sorrindo fraco

— Então vamos pq eu tô morrendo de sono e fome— me levanto e ela tbm

— Não comeu ainda? Tá doida é?— ela me olha brava

— Iiiii menina, me erra q eu q sou a mãe — falo brincando e ela ri junto cmg.

Seguimos o caminho de volta até a casa e assim q entramos May a chama pra conversar, ela me olha e assinto então as duas saem da casa. Me concentro em fazer um sanduíche e antes de comer tomo os remédios, pego as coisas e vou pra varanda onde todos estão sentados e sento na cerca comendo.

Por narrador

— Acha q as duas vão se resolver?—Emi pergunta para a Lia

— Vão, elas se gostam mas tem medo desse sentimento— da de ombros— pode não ser agora mas um dia vão aceitar isso.

— espero q isso não demore tanto quanto a gente— a garota ri fraco

— Eles são mais espertos q nós— connie fala abraçando Emi por trás

— e tem nós pra ajudar — Jere imita o irmão enquanto fala

— é tão estranho né?— olham pra Emi confuso— Parece q foi ontem q estávamos brigando, nós divertindo e tínhamos a idade deles, mas isso já foi a anos

— É esse lugar, ele nos deixa totalmente nostálgicos— Lia fala— mas msm assim eu amo pq faz parte das nossas histórias

— Eu falei q ia dar tudo certo?— Conrad diz e todos olham pra frente vendo as meninas se beijarem antes dos garotos aparecerem pulando nelas— Pode pagar.

— eu achei q ia demorar mais— fala tirando uma nota de 100 do bolso e entregando

— Vcs apostaram o relacionamento delas?— Lia pergunta incrédula

— vcs não prestam msm.

Os dois começam a rir e as duas reviram os olhos antes deles lhe darem um selinho, mais a frente as crianças os chamam e eles resolvem ir até eles, todos começam uma brincadeira tentando jogar futebol americano mas claramente falhando e rindo mais que jogando.
E assim como tudo que começou no verão, tudo terminou no verão.

Cousins Beach e o Verão que Mudou Nossas VidasOnde histórias criam vida. Descubra agora