Cousins Beach e o Verão que Mudou Nossas Vidas

Capítulo 42

Por Emily

Se tem uma coisa que a Angel faz bem é dormir e acordar gritando, ela dormiu a tarde toda então fiquei com o pessoal vendo filmes e comendo, mas com a bagunça da Jere e da Lia ela acabou acordando então subo correndo. Quando entro do quarto vejo algo q nunca imaginei mas que faz meu coração ficar quentinho, Conrad está com ela no colo a acalmando e a mesma parou de chorar, ela nunca para de chorar com outra pessoa.

— Desculpa, não sabia q era seu quarto— digo quando ele me vê na porta

— Tudo bem— sorri fraco— ela é muito fofa

— Só não tira a comida dela ou deixa sozinha por muito tempo— digo rindo

— A quem será q ela puxou né?

— A mim q não foi— me faço de sonsa

— eu sinto sua falta— ele diz depois de uns segundos calado

—Nao começa Conrad— digo cansada

— Pq não?— ele coloca a bebê na cama q tinha dormido de volta e vem até mim— Me diz q não sentiu minha falta tbm, me diz q não sente mais nada por mim e eu te deixo em paz

— Eu...— tento dizer mas cometo o erro de o olhar nos olhos e como se tivesse voltado no passado eu me perco no seu olhar

— Eu não entendo pq ainda me afasta— coloca a mão no meu rosto e fecho os olhos

— A gente— abro os olhos e aponto pra nós dois— não pode rolar mais, não tem mais como. Nossas Vidas são completamente diferentes.

— Um quebra cabeça não se faz com peças iguais— Suspira— No nosso último dia vc me disse q se nosso amor fosse real o tempo não importaria

— Talvez nosso amor não fosse real então— Digo sentindo meu coração apertar e me afasto dele

— Eu não acredito em vc— fala sério

— Olha não me importa se acredita ou não— digo pegando a Angel— Vc agora é um arquiteto e eu continuo sendo só eu, nossas vidas não batem e nunca bateram, fomos só uma delírio de verão.

Saiu do seu quarto e vou pro q agora sei q é o de hóspedes pra me arrumar pra ir na pizzaria com o pessoal, tomo um banho rápido e fico de lingerie e depois vou arruma a pequena que tinha acordado, pq se eu me arrumar antes ela vai molhar toda minha roupa

— Mamã cadê o pigu?— Ela pergunta enquanto tento arrumar seu cabelo

— Eu não sei meu amor, já procuro— quem foi q inventou esses prendedores de borracha?

— Quelu ele— faz bico e sei q vai chorar se eu não for procurar.

Pingu é um bichinho de pelúcia de dinossauro que ela fez um cara de barraquinha dar pra ela depois que eu não consegui com o jogo, quando eu falei q não ia levar ela chorou tanto q o cara por dó acabou dando. Desde aquele dia ela não desgruda mais do bichinho e muito menos dorme longe dele.

— Emi isso aqui é seu?— Conrad e entra no quarto com o pingu na mão e para me olhando

— PINGU— Angel grita animada pulando na cama

— Acho q achei a dona— Desvia o olhar de mim com dificuldade enquanto pego a toalha me enrolando

— Obrigada— falo vendo ele entregar pra ela e depois a msm pede colo— Ela gostou de vc... E isso é bem raro

— Acho q ela realmente puxou a mãe então— sorri de lado pegando ela— quer q eu fique com ela enquanto se arruma?

— Se não for pedir muito— Ele nega— Deixa só eu colocar o último laço

Vou até eles tentando manter o foco na Angel e não no fato dele está um gato e de seu perfume, q é o msm de quando eramos mais novos, me inebriar. Depois e eu coloco me viro pra agradecer ele mas as palavras se perdem novamente quando seus olhos encontram os meus e volto no tempo, me senti a mesma Emi de 18 anos, perdidamente apaixonada. Ele coloca uma mexa do meu cabelo pra trás e deixa a mão na minha nuca enquanto se aproxima intercalando o olhar entre meus olhos e boca, meu coração acelera, meu cérebro me manda sair mas meu corpo já não o responde mais. Nossas bocas a centímetros de distância quando a Angel bate o ursinho nele brava me afasto rápido ficando de costas prós dois tentando respirar normal novamente.

— Minha mamã— ela diz brava e acabo sorrindo de leve

— Acho melhor eu me arrumar logo— digo sem olhar pra eles e indo até minha bolsa

— Vou ficar com ela na sala— fala saindo

Depois q ele sai sento no chão um tempo tentando tirar a vontade de ir atrás dele e o beijar de mim e logo depois vou me arrumar, aproveito q ele está com ela e me arrumo um pouco mais do que consigo quando estou com ela e depois de arrumar a bolsa dela desço vendo os dois brincando com uma arminha de bolhas q acho q foi presente da Lia e sorriu por estarem fofos e tiro uma foto deles sem q vejam.

— Uau— ele diz ao me ver— vc tá... Maravilhosa— sorriu olhando pra baixo e ele me faz olhar pra si

— Obrigada— Suspiro— vc tá bem gatinho

— Eu sou gatinho meu amor— sorri de lado enquanto pego a Angel

— Tirar minha filha de perto de vc antes q ela fique convencida igual— digo rindo

— Ela já é ciumenta igual mãe — rebate e reviro os olhos — e ela podia ser nossa filha, mas vc não colabora

— Acho q só falta a gente, vamos?— desconverso e ele percebe já q ri

— Vamos senhorita— fala pegando a bolsa do meu ombro e como tava pesada nem reclamo

— O conceito de rapidinha é ser rápida pra não atrasar todo mundo viu— Jere diz quando chegamos e mostro o dedo pra ele q ri

— Tadinha da minha afilhada, vcs vão traumatizar ela tão novinha— Lia diz com drama e depois ri

— Vcs são feitos um pro outro, meu deus— Conrad diz e posso ver a cara de ódio do Sam

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Angel e Conrad

(Foto ilustrativa)