Capítulo XXXV - Time Pilotos

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Fevereiro, 2021

Pierre

Ver ma princesse* com aquele jogador foi a pior sensação que já senti. O sorriso genuino dela toda vez que ele a deixava feliz era como me matar aos pouquinhos.

A mesa que eu sentei durante a festa de aniversário da Little Wolff foi com certeza a mais desanimada. Eu chateado comigo mesmo por ter magoado a Aurora e a ter entregado de bandeja para o jogador britânico. E o Max desolado ao ver a sua melhor amiga trocando a sua companhia pelo cantor norte americano. Acho que na verdade, nós dois estavamos se roendo de ciúmes. E pior, nossas acompanhantes perceberam isso: Kelly ficava discutindo com Max para ele se animar um pouco e a amiga da namorada do Lando tentava fazer carícias em mim, mas eu sempre a afastava. Ela não era a ma princesse*.

Depois que perguntei à monegasca se não atrapalhava ela ficar viajando para poder ver o tal do Mason e ela responder que não, me senti o pior cara do mundo. A fiz sofrer para nada. Inocentemente achei que viajar para me acompanhar era o grande problema, mas aparentemente eu vi coisas onde não existia. E agora tenho que ver a garota que é o amor da minha vida sorrindo para outro cara.

Comecei a pensar se eu deveria me manter assim, sendo o babaca da história, ou se tento reconquistá-la.

- Pierre! - Charles grita. - Eu estou falando com você, dá para prestar atenção, só um pouquinho?

Estou novamente em Mônaco. Charles convensou com seus irmãos e, aparentemente, eles não querem mais me matar. Tia Pascale L. chamou minha família para almoçar e eu acabei vindo junto. Dei sorte dos irmãos da Aurora estarem aqui, se não seria bombardeada por perguntas da Tia Pascale L. e da minha mãe querendo saber porque eu terminei com ma princesse*. Elas não se convencerem com minha desculpa de querer viver mais antes de entrar de cabeça em um relacionamento sério.

- Desculpa, eu estava pensando... - Eu começo a desabafar mas Arthur me corta.

- Na minha irmã. - Ele diz. - Odeio dizer isso, mas eu preferia você namorando ela, pelo menos a trazia para cá. Por causa do tal do Mason, ela não veio nenhuma vez para casa ver a família porque sempre que resolvemos fazer algo o britânico tem jogo e ela quer ver.

Foi um pouco engraçado o jeito que Arthur falou o nome do cara, como uma voz fina misturada com nojo. Enfim, eu realmente tinha reparado que ela parou de vir mesmo. E é estranho os irmãos superprotetores agora sendo a favor do nosso namoro que nem existe mais.

- Sabe que ela ainda te ama né? - Lorenzo chega na sala e senta no sofá.

- Não sei, não tenho mais certeza. - Digo triste. - Você que não viu o jeito com que ela dançou com o Mount no aniversário da Little Wolff.

- E você trouxão não notou como ela ficou chateada quando viu você com aquela amiga da namorada do Lando? - Charles pergunta.

Eu realmente não tinha percebido nada. Estava ocupado demais com inveja e ciúmes da ma princesse*. Não sou a favor da violência, mas naquele momento se estivéssemos vivendo em alguns séculos atrás, eu com toda certeza teria desafiado o jogador do Chelsea para um duelo pelo coração da amazona.

- Você pode ficar aí se lamentando ou tentar recuperar a princesa de volta. - Lorenzo fala me dando uns tapinhas nas costas. Ele meio que sempre agiu como se fosse uma autoridade sábia só por ser alguns anos mais velhos. E pior de tudo é que às vezes ele realmente tem razão, como agora.

- Mesmo que eu tentasse, talvez ela só queira seguir em frente. - Respondo. - Não quero magoá-la ainda mais.

Charles bufa e me dá um tapa na cabeça.

Once Upon a Dream (Pierre Gasly - Fórmula 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora