Com amor (S/n) Severo Snape x Leitora

Acho que as coisas saíram do controle

Você suspira feliz se relembrando da noite passada descendo as escadas, Severo continua dormindo como uma pedra roncando baixinho, nem mesmo se mexeu quando o balançou para acordar.

Flashback:

— Mais rápido, (S/n) — Severo geme empurrando os quadris desesperadamente contra os seus. Ele tenta tocá-la mas suas mãos estão presas na cabeceira da cama com fitas de cetim vermelha.

— Quais são as palavrinhas mágicas — Provoca. Você apoia as mãos no peitoral do bruxo ditando um ritmo dolorosamente lento.

— Por favor — Diz sob a respiração arfante.

Ao chegar na sala de jantar, você encontra sua família já sentados a mesa tomando café. Estranhamente os rostos dos seus pais transparecem cansaço, como se não tivessem dormido bem a noite, menos sua avó que dá um largo sorriso quando te vê.

— Bom dia, querida!

— Bom dia, Vovó — Você senta ao lado dela lhe dá um beijo na bochecha.

— Bom dia mãe, pai. Estou morrendo de fome — Diz pegando uma coisa de cada.

— Bom dia, filha — Sua mãe responde forçando um sorriso, seu pai por outro lado continua com a sobrancelha levantada te encarando enquanto mastiga um bolinho.

— Pelo visto gastou muita energia ontem a noite — Ele fala com os olhos semi-serrados.
— O que andou fazendo? — Continua como se estivesse interrogando um criminoso.

— E-eu estava... Brincando de acerte o alvo com o Severo — Sorri sem graça com a jarra de suco na mão, por dentro você treme de nervoso com a pergunta.

— Pelo visto ele acertou bastante o alvo — Sua avó entra na conversa dando uma risada alta. Você dá um pulo da cadeira surpresa com a reação dela, suas bochechas começam a queimar com a situação, por um momento você se dá conta do que eles estavam falando "Não pode ser, eu usei Abaffiato" pensa mordendo a língua de nervosismo, " deve ser coisa da minha cabeça".

— Be-bem ele... — Gagueja sem saber como responder.

— Quando o Senhor acerta alvo acordar, diz que vamos ter uma conversa ... Só ele e eu — Diz ameaçador, o mesmo pega o jornal de cima da mesa e sai em direção ao escritório.
Você fica paralisada olhando fixamente para o prato. Sua mãe percebe seu olhar assustado e tenta acalmá-la.

— Se acalma, querida. Ele está apenas com ciúmes e raiva. Foi um baque para ele saber que seu neném não é mais neném.

— E ouvi-lá transando a noite toda não ajudou muito hahahah. Minha neta, você precisa ser mais esperta, podia ter usado abaffiato — A idosa endireita o óculos parando de crochêtar. Você suspira não conseguindo olhar para os rostos delas de tão envergonhada.

— Eu usei mas pelo visto não funcionou já que todo mundo ouviu... Estava tão alto assim?

— E-estava. Mas já passou, na próxima tenha certeza que o feitiço funcionou — Sua mãe sorri simpática trazendo seu rosto para encará-la.
— Por que não leva o café na cama para o Severo? Ele deve está morrendo de fome — Ela sugeri antes de beijar sua testa e levantar.

— Boa ideia, obrigada mãe.

                      (<•••>)

Você empurra a porta atrás de si com o pé para fechar, tomando todo cuidado para não desequilíbrar e deixar a bandeja cair.
E lá está ele, dormindo pacificamente como você imaginava, ele está tão fleumático que seria maldade acordá-lo, mas você não tinha escolha. Deixando a bandeja em cima do criado mudo, você se inclina apoiando as mãos no colchão.