Nesses últimos dias não consegui postar novos capítulos. A partir de hoje, o ritmo volta ao normal: um capítulo por dia. Aproveite.
[Aviso de gatilho: Depressão, suicídio.]
“Estou infeliz. Muito infeliz. As cachoeiras magnânimas e aquozes de serotonina, os delírios apolíneos afogando-me em um mar rosado de maravilhas, a vida floral e colorida dos campos primaveris, nada disso é real. Ouso dizer que nunca foi.
Durante todo esse tempo, senti guardar em mim uma mágoa traiçoeira, uma mágoa mesquinha, camuflada no fundo de meus pensamentos e esperando o momento perfeito para atacar a minha última esperança. Agora que o resquício de luz em meio ao túnel de breu deplorável se foi para sempre, jamais vou conseguir me livrar desse fardo. Peço a meu irmão que me abrace, e permaneço horas sendo consolado, enquanto a única coisa que quero é guinchar de agonia e enforcar-me de uma vez. Não consigo aguentar isso. Hei de cometer suicídio, no dia de Natal, onde os adultos permanecerão distraídos com suas baboseiras hedonistas enquanto eu pularei para a fugaz liberdade.
É isso.”
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A Modos
RomansaOscar Andrade é um jovem poeta, maltratado pela vida. Eduardo Carvalho é um aspirante a músico, introspectivo aos excessos. Quando ambos se conhecem, um laço se forma entre os dois, que se estende aos seus amigos. Capa por Ester Araujo. Novos capítu...