XX

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Olivia dirigiu até uma cafeteria, ainda era bem cedo, e nenhuma das duas mulheres haviam comido ainda.

— Um café e torrada por favor. — A médica pediu ao garçom assim que se sentaram em uma das meses.

— Chocolate quente, um misto quente, e uma banana fatiada. — Nicole fez o seu pedido.

— Espero que Henry não esteja com más intenções com isso de paternidade. — Olivia disse.

— Eu também espero. — Nicole segurava Brian nos braços, o menino mamava calmamente. — Veio com o papo de que queria ficar com ele várias vezes na semana, pra minha sorte, o juiz estipulou que seria o fim de semana, mas ainda assim, são muitos dias. — Brian acabou de mamar e a mãe levantou o menino no colo. — Nunca fiquei um dia sequer sem ele.

— Eu sinto muito por essa situação toda, será que você não consegue recorrer e impedir que ele fique com Brian?

— Acho que não, por enquanto não pelo menos, o teste de paternidade deu positivo, eles vão dar uma chance pra ele, se ele vacilar, talvez eu consiga.

O garçom chegou com os pedidos e os colocou sob a mesa e logo se retirou.

Elas continuaram conversando enquanto comiam, Brian tentava alcançar com as mãozinhas o tempo todo o que elas estavam comendo, Nicole deu as fatias de banana para que ele pegasse, ele havia entrado na introdução alimentar há duas semanas, a mãe estava aos poucos apresentando para ele os alimentos, começando pelas frutas, ele já havia experimentado melancia, maçã e banana, e até agora, amou as três.

Elas terminaram de comer e Olivia deixou Nicole e o bebê em casa, e seguiu para o hospital, onde iniciou mais um turno de trabalho.

A semana passou mais rápido do que Nicole gostaria, já era sexta feira, e as 17h ela teria que entregar Brian para Henry, isso estava revirando o estômago dela.

— Ele vai ficar bem. — Sua mãe disse parecendo ler seus pensamentos.

— Eu sei, até porque não existe outra possibilidade. — Ela disse sorrindo pra mãe enquanto secava Brian com a toalha, ela tinha acabado de dar banho no menino.

Nicole colocou uma fralda, vestiu um macacão azul, tênis jeans e um gorrinho combinando, estava frio do lado de fora, ela também arrumou a bolsa dele, várias fraldas, toalhas, shampoo e condicionador, fez várias mamadeiras, também colocou frutas na bolsa dele. Ela sabia que isso era tudo obrigação de Henry, já que ele queria ser pai, mas também não estava contando com o bom senso do homem, então preferiu que não faltasse nada para seu filho.

Em poucos minutos bateram à porta.

Nicole respirou fundo e abriu a mesma.

Henry estava de terno e gravata, com os cabelos muito bem penteados, o perfume podia ser sentido de longe. Ele ajeitou a gravata assim que Nicole abriu a porta. Ao lado dele um outro homem, também de terno e gravata, parecia ser o agente social.

— Boa tarde senhorita, eu me chamo John, sou o agente social e vou acompanhar o senhor Henry com o filho esse fim de semana.

Henry sorriu e esticou os braços para pegar o menino que estava no colo de Nicole, a criança na mesma hora se retraiu e escondeu o rosto no peito da mãe. Nicole respirou fundo novamente.

— Você tem que me dar o meu filho. — Henry falou firmemente.

— Acho que não está vendo, ele não quer ir com você. — Nicole disse praticamente rosnando.

Acasos do Destino  (romance lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora