Mas o sentimento de comemoração não demorou muito conosco, afinal eu ainda tinha algumas coisas a resolver. Com o diploma em mãos, a primeira coisa que eu fiz foi ir até o Conselho Regional de Nutrição e me registrar, eu só poderia começar a trabalhar após esse registro. Eu tinha pressa, afinal eu já tinha uma clínica onde eu começaria meus atendimentos e já tinha pacientes me aguardando. Foi a Silvia, a nutri com a qual eu estagiei durante quase todo o meu curso, que conseguiu essa vaga para mim. Eu tive a sorte de encontrar gente muito boa para me ajudar em todo esse novo processo, a Silvia me ajudou muito e me deu várias dicas. A principal dica que ela me deu foi em relação ao valor da consulta, geralmente alguns colegas começam a carreira cobrando um valor muito abaixo do valor que eu comecei. Claro que algumas coisas contribuíram para eu começar minha carreira cobrando um valor justo e de acordo com minha formação. Eu não era um simples acadêmico de graduação enquanto estive na graduação, eu também era pesquisador. Eu saí da graduação com um vasto conhecimento da minha área, além disso eu estava entrando no mestrado. Eu tinha todas as condições necessárias para dar o melhor atendimento aos meus pacientes. Agora, caso eu não tivesse a orientação da Silvia e, principalmente, da minha mãe, eu teria começado cobrando um valor bem abaixo também porque eu não fazia muito ideia de como e quanto cobrar, essas coisas a gente não aprende na Universidade (ou pelo menos não aprendia na minha época, hoje já deve estar diferente... ou pelo menos espero que esteja!).
Na Universidade eu sempre vi muita teoria, mas a parte prática do consultório quem me salvou mesmo foi a Silvia. Como ela me orientou, eu cobrei o valor cheio e de acordo com minha realidade. Nesse valor tinha muita coisa inclusa, coisas que alguns colegas não levam em conta, por exemplo: valor do aluguel da sala, internet, minha formação (que foi bem ampla devido a pesquisa e ao Mestrado que estava começando), energia, papel para impressão dos planos alimentares, tinta da impressora, cafezinho para os pacientes/clientes, etc. etc. etc... A Silvia acabou me dando uma consultoria e eu levei em consideração tudo o que ela me disse, pois eu gostava muito da conduta profissional que ela tinha. Com todo o meu percurso dentro da Universidade e estagiando com a Sílvia, eu consegui começar minha carreira da melhor maneira possível. Quando eu comecei a atender, eu já tinha alguns clientes que me foram encaminhados pela Sílvia, pois ela não trabalhava dentro da linha do vegetarianismo e veganismo. Quando eu estagiava com ela, era eu, que em conjunto com ela, definia o tratamento e o plano alimentar do paciente. Obviamente, devido a questões éticas e de rigor do código de ética da nossa profissão, eu nunca atendi nenhum paciente enquanto não estava registrado no Conselho Regional de Nutrição. Eu conversava com a Sílvia e era ela quem decidia o tratamento e atendia o paciente. Mas, devido a esse estágio, esses pacientes vegetarianos foram todos passados para mim quando eu comecei a atender os meus próprios pacientes. Além desses pacientes encaminhados pela Silvia, eu ainda herdei pacientes da clínica onde eu comecei a trabalhar. Enfim, eu tive o início de carreira que muitos colegas meus gostariam de ter. Mas, repito: nada disso caiu facilmente nas minhas mãos, eu estudei muito e trabalhei igual um louco durante a minha graduação para que eu pudesse começar minha carreira na tranquilidade. Eu não fiquei restrito à sala de aula da graduação, eu fui além, muito além. Me dediquei muito! Trabalhei muito, mas muito mesmo. Tive muitas conquistas ao sair da graduação, e eu ficava extremamente feliz ao saber que todas essas conquistas vieram como resultado de todo o meu esforço e dedicação. Aquelas conquistas tinham um gosto muito mais gostoso para mim!
Eu não fui o único a sair com a vida organizada da Universidade, Rui também saiu bem encaminhado, graças à pesquisa e ao orientador dele. Ele começou a atender dentro de uma grande loja de suplementos, ele tinha se especializado em Nutrição Esportiva. Amanda também já saiu encaminhada, ela trabalharia com a Luh. A Luh estava com a agenda muito cheia e estava precisando de uma nutri para encaminhar os pacientes que ela não conseguia atender, a Amanda era a escolha perfeita. Segundo elas, as pacientes delas são todas peruas e a união de Luh e Amanda deu super certo com os objetivos das peruas.
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Amor que nunca acabará - PARTE 2
RomanceConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas e sextas-feiras.