- E eu a madrinha! Pronto, tá lindo. - eu já estava vendo a confusão que esse negócio de madrinha/padrinho ia dar.
Eu consegui fazê-la me soltar, peguei meu celular, puxei o Caio pela mão e liguei para a assistente social, era só nisso que eu estava pensando desde que aterrissamos. Eu já tinha trocado o chip dentro do avião, eu fiz a aeromoça me emprestar o brinco dela para eu conseguir abrir a gavetinha do chip do meu celular. Olha só o meu nível de ansiedade e persuasão!!! Nós aterrissamos com os nossos números do Rio. Já era quase hora do almoço e eu estava torcendo para ser atendido.
- Alô?
- Olá, Pedrina. Bom dia! Quem fala é o Carlos, marido do Caio. Você falou conosco anteontem e nós ficamos de ligar para você assim que chegássemos no Rio.
- Ah, claro! Já estão aqui?
- Sim, chegamos hoje. Qual o próximo passo para nós?
- Bom, o próximo passo é vocês conhecerem as crianças. Vamos agendar uma visita ao abrigo onde elas estão.
- Ótimo! Quando pode ser? Estamos completamente disponíveis e quanto mais rápido melhor.
- Vou agendar para amanhã, pode ser?
- Claro! - eu falei feliz da vida
- Amanhã, vocês encontram com a assistente social do abrigo. - ela me passou o endereço do abrigo, o nome da assistente, o horário e o Caio anotou tudo no celular dele
- Obrigado, Pedrina! Nós estaremos lá com certeza!
- Ok! Lembre-se que é somente uma primeira visita, a assistente social irá avaliar e se ela aprovar, vocês poderão fazer algumas visitas e até mesmo sair para passear com as crianças.
- Certo! Muito obrigado.
- Só mais uma informação, após a visita e a avaliação da assistente social, vocês devem me ligar novamente e confirmarem se realmente irão dar continuidade ao processo.
- Ok! Amanhã, com certeza, ligamos para você - eu falei rindo - Obrigado mais uma vez, Pedrina.
- E aí, amor? - Caio me perguntou quando encerrei a ligação
- Vamos ver as crianças amanhã! - ele me deu mais um abraço
Nós fomos do aeroporto direto para a casa da minha mãe. Como viemos em cima da hora, não deu para chamar ninguém para limpar nossa casa e ela estava empoeirada. A Estela tinha ido visitar uma parente em algum lugar e não conseguiu voltar a tempo, mas no dia seguinte ela já estaria lá em casa.
- A gente precisa passar em uma lojinha para bebê! - minha mãe disse
Rui estava dirigindo o carro dele. Eles tinham vindo todos no carro dele e do Tonho. Caio estava no banco do passageiro e minha mãe, minha tia, Luh e eu estávamos apertados atrás. Tonho foi no carro dele, a gente ainda pediu para a Luh ir com ele, mas ela não aceitou de jeito nenhum. Só nossas malas que foram com o Tonho, coitado. Como era muita mala, nós as dividimos entre os dois carros.
- Podemos comprar algumas coisas hoje. - Caio disse
- Tem que pensar em uma reforma para um dos quartos. - tia Júlia disse
- Aí, tia, já imaginou o quartinho todo lindinho? Eu quero ajudar! - Luh disse - madrinha tem que participar de tudo, senão não aceito pegar as crianças quando vocês precisarem.
- Fazemos questão de que você participe, maluquinha. Tia, a reforma tem que ser nos dois quartos. Vamos ter duas meninas e um menino. Aí fica um quarto para as meninas e um quarto para os meninos, ainda tem o Biel. Se ele ficar sem quarto, ele fará o maior drama que essa família já viu. - Caio disse, era só o pezinho que ele queria. Ele vinha me cantando há muito tempo para reformarmos nossa casa.
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Amor que nunca acabará - PARTE 2
RomanceConto aqui minha história de vida, minha aventuras, meus amores, minhas amizades e minha relação de irmandade com aqueles que eu mais amo na vida. Calendário de postagem: Segundas e sextas-feiras.