Manda quem pode, obedece quem tem juízo...

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Notas do Autor


Eu costumo escrever AISP, mas a sigla verdadeira é ao contrario como na foto...questão de línguas :DCapítulo 40 - Manda quem pode, obedece quem tem juízo...


— Tem certeza de que não lembra mesmo? - diz a Cho Saito com um incrível tom de deboche, de quem deixa claro que Light está encenando, o que o deixa constrangido, ao perceber que Chieko olha pra ele, como que "pegando alguma coisa no ar".


Relações humanas é o forte da Cho, e só pelo tom de voz do Light ela percebe a constante falsidade de seus comentários e ações... pra ela, qualquer pessoa é quase que um livro aberto, até porque como médica que é, ela tem ótimas noções de psicologia.


— Bem...de fato nunca fomos apresentados - diz Light, percebendo a brincadeira de mal gosto da "russa" e mudando de assunto, abrindo a pasta que ele carregava consigo embaixo do braço, e tirando uma folha de ofício. Ele completou:


— Isso aqui é a assinatura digital do diretor da AISP dando ordens diretas pra que Teru Mikami fique sob minha custódia imediatamente a partir desse momento.


A Cho e o Chieko foram pegos de surpresa, pois jamais poderiam esperar tamanha rapidez no jovem Yagami em dar um passo à frente deles. Ficaram os dois com cara de bobo e surpresos com aquilo. A Cho até se levantou e foi ler o documento ao lado do Chieko pra conferir.


Enquanto ainda estava dirigindo, Light telefonou pro diretor que estava de folga em casa e pediu ajuda. O diretor, que sempre vivia discutindo com o vice-diretor que estava de plantão no seu lugar naquele dia, consentiu imediatamente de assinar o documento de custódia e enviar por e-mail pra Light.


Light então só precisou fazer uma parada rápida numa Lan-house pra imprimir o documento numa folha de ofício oficial do departamento, com o carimbo da AISP.


Não havia como o Chieko e a Cho contestarem e violarem aquelas ordens diretas conseguidas pelo astuto Light de última hora, mesmo sendo eles superiores hierárquicos de Kira.


Eles foram embora, mas avisaram que Teru não poderia ser removido pra outro hospital naquele dia, pois isso seria contra as normas medicas e ruim pra sua recuperação.


Light fica então sozinho com Teru, e os dois começam a se comunicar por escrito, já que de cara, Light o avisa que devem ter escutas. Entre escrever a conversa no papel e conversar coisas frívolas, fica acertado entre eles o acordo de Teru dizer que recebeu ameaças e instruções de algum anônimo que arrombara seus armários do banco e da academia com mais ou menos o seguinte conteúdo nas notas:


"Teru Mikami, leia com atenção. Somos oficiais da polícia e flagramos você escrevendo nomes no seu caderno. Já temos provas suficientes pra lhe prender agora mesmo. Mas se quiser colaborar podemos fazer um acordo. Basta acusar de conhecer pessoalmente esse homem da foto e chamá-lo de deus quando entrar no galpão neste endereço. Faça isso, e estará livre das acusações."


Com essa nova instrução de Light, Teru Mikami tem agora um ótimo argumento pra se defender, já que Light lhe explicou que tem as imagens do arrombamento de seu armario, flagrando o agente Gevanni do FBI.


Light passa a noite ali como guarda pra garantir a segurança do promotor até o dia seguinte, quando o diretor voltaria a assumir o cargo de chefia...


"Cheguei bem a tempo...mais um pouco, e eu estaria ferrado. Ainda bem que meus colegas deuses continuam ao meu lado..."

Death Note - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora