Death Note - Continuação

Capítulo 60 - Jovem demais para morrer

Notas do Autor

Se beber, pule carnaval :)Capítulo 60 - Jovem demais para morrer

Ainda agachado Kira se sente como que esperando receber um tiro quando olhava pela janela e vira aquele brilho. "Provavelmente era um reflexo do relógio dele."

Kira corre até seu quarto e retira uma arma e uma caneta da gaveta mesmo com a luz apagada, pois seus olhos de shinigami lhe dão uma visão privilegiada mesmo no escuro... mas não o bastante pra enxergar os nomes daqueles três homens nas sombras, pois a distancia em que eles estavam era de mais de vinte metros.

Ele pega o pequeno pedaço de papel do caderno, que agora tem espaço pra poucos nomes...no maximo quatro sem usar a lente, ou dez usando a lente de joalheiro e uma mesa pra apoiar. A essa altura a Misa já dormia profundamente. Kira vai ainda agachado até a sala, e retira seu velho binóculos da prateleira.

Ele coloca a arma atrás na cintura e aperta bem o cadarço da calça... segura a caneta gélida com a boca e põe o papel no bolso, enquanto que com o binóculos ele volta à janela da área de serviço, já que seu apartamento, que é espaçoso para os padrões japoneses, tem somente três janelas: duas, a da sala e da área de serviço, voltadas pra avenida principal, e uma no quarto da frente voltada para o leste, à esquerda do prédio. Esta janela em especial seria perfeita pra Kira usar pra ter uma vista privilegiada dos homens, que se encontravam na esquina, do outro lado da rua, à esquerda do prédio, à uma distancia de aproximadamente quarenta metros. Porém, por esta janela do quarto sua silhueta poderia ser notada com maior facilidade decido ao jogo de luzes da rua.

Kira é um shinigami preso a um corpo humano, e com seus olhos de shinigami ele pode ler o nome de uma pessoa mesmo na escuridão total, a exemplo de Ryuk e dos demais, pois os nomes sobre as cabeças das pessoas aparecem num tom vermelho-sangue ligeiramente luminoso. O problema é que a distancia máxima que um shinigami pode ler um nome é de três vezes e meia a de uma pessoa normal, e isso não era o bastante pra ele ler os nomes daqueles três lá da janela...portanto este binóculos será uma "preciosa ferramenta" nas mãos de Light.

Com cuidado, Light sobe no banquinho e olha pela janela da área de serviço, mas as três sombras desapareceram.

— Oi maridinho.

— Diaba-Misa?! O que foi agora? — sussurra Kira. — Você não disse que eu teria alguma proteção?

— É...eu disse. Mas não estão me deixando te avisar. — fala a diaba-Misa em alto e bom tom, já que sua voz só pode ser ouvida pelo seu interlocutor.

— Quem está te impedindo?

— É aquele querubim Jeliel intrometido. Ele só deixa eu proteger a Misa.

Rápido como um raio, Light pescou no ar uma coisa, ligando um fato ao outro:

— Espere! A Misa estava no centro de Tóquio hoje quando aqueles dois homens da máfia morreram. Aquele duplo suicídio foi obra sua?! Então...

— Isso mesmo, meu esperto maridinho...vejo que você entendeu. Eu matei aqueles dois porque eles queriam matar a minha equivalente.

"Eu tenho muitas perguntas, mas agora não dá tempo."

— Se você não veio pra me avisar sobre esses homens, pra que você veio aqui agora então, diaba-Misa?

— Só vim pra te explicar isso. Caso você morra, não fique me culpando por não te avisar. A culpa é daquele querubim que me queima os pés e não me deixa sair do lugar. Mas agora que você já percebeu que eles estão te vigiando, o querubim me deixou livre. Mas não me culpe caso você leve um tiro.

— Está bem... eu te entendo por não poder me ajudar.

"Isso só piora as coisas, mas pelo menos ela veio me esclarecer. Será que estou pra morrer hoje?"