Capítulo 17 - A Morte anda a a Cavalo

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 Rapidamente, Kira rasga um pedaço de papel de seu Death Note e uma caneta e coloca no bolso de trás da calça pra emergências, caso seja algemado.


Logo veio o silêncio. Kira não sabia quais os nomes dos membros da SPK, portanto sua ideia de mandar seus próprios homens os matarem antes de cometerem suicídio era perfeita. Mas ele não sabia se eles falharam ou não. E se tiverem dois membros da SPK ainda vivos e todos os seus homens mortos? Ele não podia desconsiderar esta hipótese.


Kira esconde a arma atrás, na cintura, e começa a caminhar fingindo ainda estar ferido, fazendo-se de vítima desesperada gritando:


— Por favor, me ajudem! Eu não quero morrer! Tem alguém aí? Chamem uma ambulância pra mim por favor, alguém! O que está acontecendo?


Ele sabia que não haveria risco de levar tiro de mais ninguém porque seus quatro companheiros certamente já estavam mortos pelo Death Note, e mesmo que algum agente da SPK estivesse vivo, eles são disciplinados e jamais atirariam nele. No máximo o algemariam.


Ele repetia os gritos, até que ouviu uma resposta:


— Deus?! Deus, o senhor está vivo? Por favor me ajude!! - do lado de fora, algemado, e com uma blusa apertando o sangramento de sua fracassada tentativa de se matar com uma caneta, Teru Mikami responde com dificuldade.


Chegando a entrada, onde está a escada em que ele havia morrido, estavam todos os corpos no chão: Near, todos os agentes da SPK e os policiais suicidas...todos mortos com tiro na cabeça, tendo sido Near o mais atingido, todos sem chance de salvação.


Kira saboreava aquela vista...aquele campo de vitória repleto de sangue com uma enorme gargalhada.


— Eu venci, seus vermes!! Eu venci!! Hahahahaha!! - gritando assim várias vezes, sendo contemplado por Mikami, que estava quase desmaiando de dor, mas ao mesmo tempo se sentindo nas nuvens, tamanho o privilégio de estar ali num campo de vitória compartilhando aquele momento com seu deus.


Kira chutava com raiva os corpos inertes de Matsuda e de Near, mas depois parou, preocupado com os resultados da autópsia.


Agora que Kira conseguiu matar quatro com o Death Note, ele já não iria mais para o Inferno se morresse agora, pois acabou de trazer para sua alma mais quatro vidas, dando-lhe garantia de um lugar seguro no mundo dos shinigamis no pós-morte. Esta, portanto, foi a segunda vitória dele, que veio de brinde após a primeira, que foi matar todos e sobreviver.


Lilith e Misa não quiseram ficar pra ouvir deboches e canto de vitória de seu oponente, e se retiraram, atendendo a um pertinente chamado...


Logo Kira se recompôs, e começou a pensar no que fazer. Ele chamou socorro:


— Alô! Aqui é o oficial Raito Yagami da polícia, tragam três ambulâncias, um homem ferido com hemorragia externa por facada, e nove homens mortos.


Ele deu o endereço e também chamou apoio policial.


Teru Mikami perdera muito sangue, e Raito o ajudava estancando o sangramento. Depois, ele foi até o carro que o grupo do Near usou pra chegar ali, e viu seu notebook em stand-bye solicitando senha, que ele não tinha. Ele logo guardou-o consigo no carro de sua equipe, e escondeu em sua mala, onde certamente ninguém mecheria.


Revirou os bolsos de Near atrás de quaisquer papéis incriminadores, e achou um estranho pedaço de papel muito amassado com varias letras e números sem sentido algum. "Pode ser algum código", pensou. Ele o guardou, e roubou seu celular.


Rapidamente, pegou seu carro e voltou pro yellowbox, atrás do Death Note que ele não achara em nenhum dos dois carros.


Chegando ao yellowbox, ele acha o caderno e também a cópia, totalmente queimados e destruídos. "Lamentável".

Death Note - ContinuaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora