Notas do Autor
Capítulo betado por §Bereu.
Parece que Light não esperava estar sendo filmado, e foi cantar vitória antes do tempo :)Capítulo 75 - Sem saída
Li tira do bolso uma pequena garrafa com alguma bebida muito forte, que certamente não é whisky, muito menos leite, pra se recuperar psicologicamente da possessão e bebe tudo de uma vez.
— O que está fazendo, senador? Por que fechou o notebook?
— Não temos tempo, Light. Os homens estão armados e têm ordens de te matar. - disse Li após ter bebido a pequena garrafa toda.
— Como sabe disso?
— Como eu sei disso, você pergunta? Eu sei muito mais do que você pensa. Meus homens de confiança me informaram que armaram contra você.
— Como assim?
— Alguém envenenou o diretor, sequestrou a família dele e o obrigaram a fazer um vídeo te acusando de ser Kira, e disse no vídeo que se ele morresse, seria por sua causa, e sabe o que aconteceu?
— Não pode ser! - exclamou Yagami, já subentendendo tudo.
— Isso mesmo que você está imaginando: Ele morreu de parada cardíaca por causa do veneno enquanto terminava de fazer o vídeo. O vice-diretor ia dar o sinal pra os dois senadores que armaram isso contra você, pra que eles transmitissem o vídeo na TV, mas agora que ele morreu...
— Quanta gente corrupta! E essa fraude que se chama "O" está é blefando! Apenas fiquei sentado quieto na minha cadeira sem fazer nada e eles morreram, assim como o diretor foi morto por eles e todos nessa sala, tentando me incriminar. — teatralizou Light, sabendo agora que tudo o que ele está dizendo está sendo gravado pela Interpol e por seu novo carrasco secreto de fala educada. — Eu não tenho culpa de ter sobrevivido a este ataque do Kira. Se duvidar, são os americanos que estão por trás disso.
Kira disse estas palavras retirando sua folha de Death Note da tampa da impressora, que estranhamente se tornou visível à olhos humanos, e o nome de todas as pessoas da sala estavam impressos nela, até mesmo o do senador Li, que não foi morto graças à possessão que o protegeu.
Agora que seu nome foi colocado indevidamente em um caderno da morte, o humano Li passou a ficar imune à qualquer Death Note pelo resto da vida, assim como aconteceu com L, por ter tido seu nome indevidamente escrito pela Rem.
"Será que meu caderno dentro do step do meu carro ficou visível agora também? Como isso pôde acontecer se eu não dei o caderno a ninguém, nem o deixei cair no chão?", pensou Yagami.
— Surpreso de ver a folha visível, Light? — disse Ryuk. — Foi porque você deixou uma máquina da Terra puxar e escrever nela. Isso fez o seu Death Note passar a pertencer ao mundo dos humanos. Sabe o que isso significa? — acrescentou ele numa voz horripilante — Que o primeiro humano que tocar no caderno passará a ser o dono dele. Eu não deixaria esse cara nem ninguém tocar nisso, se eu fosse você. Se não, você passará a ser o shinigami dele e terá que segui-lo num ímpeto mesmo contra a sua vontade, e terá que responder todas as questões pertinentes que ele fizer. Isso porque você estará ligado ao primeiro humano que tocar no seu caderno. E como você está encarnado, isso vai ser muito chato pra você, tenho certeza, isso porque você não está invisível.
"Caramba... Obrigado, Ryuk. Eu nem me lembrei desse detalhe." - pensou Light, com vontade de responder em voz alta, mas sem poder fazê-lo.
Pra sorte de Light, Li não podia ouvir nem ver Ryuk, nem mesmo quando estava possuído, mas Ryuk pôde observar a possessão, isto porque qualquer shinigami pode ver o tempo de vida de todos os seres, e ele tinha ficado perplexo, pois nunca antes em toda a sua existência, ele houvera visto alguém com sete infinitos sobre a cabeça de ninguém. Mas agora, Li está com o tempo de vida normal dele.
Enquanto Li estava distraído, recolhendo o notebook do agente da Interpol e o do Light, escondendo na mochila de seu falecido assistente, colocando esta nas costas, Kira escondia sua folha de caderno no bolso de trás da calça, e pega uma caneta da mesa, guardando também.
"Eu deveria engolir essa folha pra não deixar provas, mas posso precisar dela ainda. E parece que tenho que escrever mais dois nomes agora: daqueles dois senadores que mandaram matar o diretor. Na verdade, tenho que fazer isso imediatamente." - pensa ele.
Li tranca a porta da sala de reuniões, e começa a ligar pros seus contatos mexerem os pauzinhos, e expedirem ordens para que os policiais recuassem.
Mas os policiais das forças especiais já chegaram no corredor de seu andar armados e com capacetes pra não serem identificados e mortos por Kira.
De repente, "O" começa a falar pelos notebooks dos outros, todos ao mesmo tempo, antes mesmo de Kira retirar a folha de seu bolso pra escrever os nomes dos dois senadores:
— Light. Você se esqueceu das câmeras. Filmamos a folha que você retirou e vimos os nomes que você imprimiu. Você está mais que condenado. Melhor não resistir, se não, pode levar um tiro.
— Eu não sei do que você está falando. Eu não lembro de ter imprimido nada. — disse Kira, fingido como sempre — Será que Kira está me controlando? Será que assim como ele controla as ações das suas vítimas antes delas morrerem, eu também vou morrer nas mãos de Kira? Não! Isso não é justo!
Podia-se notar um pouco de raiva agora na voz de O:
— Você não me engana, Light Yagami.
"É isso! O... Você não sabe como está sendo burro. Continue falando, que estará só me ajudando" — pensou Light, rapidamente pegando disfarçadamente o celular criptografado de Snowden, enquanto tirava o terno, a gravata, a folha do caderno e a caneta pra pôr na mesa sobre o velho telefone para que desse modo, as câmeras não filmassem o aparelho nem a folha.
Discreta e habilmente, ele telefona pro americano refugiado, deixando que ele ouvisse a conversa com O, na esperança de que ele subentendesse o que fazer. Após isso, ligou o cabo USB de seu smartphone a um dos notebooks que recebiam a transmissão de O, e só por garantia, ligou também o wi-fi e o bluetooth.
Light deixou o celular criptografado de Snowden ao lado do notebook apenas pra que ele ouvisse a conversa, na esperança de que Snowden supusesse o que Light queria que ele fizesse: que rastreasse a ligação de O, descobrindo sua localização exata!
Nesse momento, Yagami percebeu que Snowden estava na linha, e deu algumas batidas no alto-falante do aparelho em código Morse com a palavra "rastrear".
Light tentava a todo custo fazer aquela conversa durar o máximo que pudesse, enquanto ouvia o senador gritando pela porta em comunicação com os policiais do corredor:
— Aqui é o senador Li. O que está havendo? Quem são vocês? - disse o engravatado através da porta trancada.
— Excelentíssimo senhor senador Li. - disse um dos oficiais das forças especiais. — Por favor, destranque e saia pela porta, que o nosso assunto é apenas com Light, não com o senhor.
— O que pretendem fazer com ele?
— Temos ordens explícitas de imobilizá-lo e prendê-lo. Mas se ele reagir, temos ordens de atirar pra matar.
Li então se negou a colaborar, ordenando eles a recuarem, questionando a procedência das ordens dizendo que Light é inocente, que o Supremo Tribunal já está emitindo a revogação dessa ordem absurda e outras coisas mais.
Enquanto Li tenta ganhar tempo com a tropa de choque, Light tenta ganhar tempo com O, ao passo em que escrevia discretamente embaixo do terno sobre a mesa, a causa e os detalhes da morte dos senadores Sora Mori e Shigeho Iida, controlando suas ações pra morrerem dentro de sete dias.
— Eu não sei do que você está falando, O. - nesse momento, uma pequena caixa de diálogo preta do MsDOS aparece na tela do notebook que Yagami estava usando.
Riuk não quis olhar o que tinha na tela, porque ele acha chato acompanhar os detalhes. Ele prefere ser surpreendido com o que possa acontecer. Ele parecia se divertir também com o bate-boca entre os policiais e Li, que dizia que serviria até voluntariamente de escudo humano pra proteger Light caso eles ousassem arrombar aquela porta.
Na caixa de diálogo do MsDOS, aparece a palavra sendo digitada: "rastreando..."
"Muito bom, Snowden. Você entendeu." - comemora Kira, consigo mesmo.
Pro desertor da CIA, foi fácil atender ao pedido do encrencado japonês: bastou invadir o smartphone de Light aproveitando o cabo USB que ele deixou conectado no notebook. Como O confiou em estabelecer conexão segura com a intranet da sala, ele se tornou um alvo fácil pro americano.
Isso não significa que O tenha cometido um erro amador, pois ele tinha certeza de que ninguém naquela sala possuía habilidades de informática suficientes pra pegá-lo. E ele não tem bola de cristal pra imaginar que Snowden em pessoa tivesse invadido o celular de Yagami, e algo impensável assim estivesse ocorrendo.
— Fingido como sempre, não é, Light? - disse O.
Light sente de repente um déjà vu nostálgico, como se estivesse acabado de ouvir aquela antiga voz cibernética do google translator e modificadores de voz de L, o que lhe causa enorme calafrio.
Ele fica mudo...
E O permanece da mesma forma, aguardando uma resposta.
"Este idiota certamente assistiu na televisão o modo como L falava e está tentando falar igual pra me impressionar. É só mais um hacker desocupado sonhando em ganhar fama. Vou fazer o jogo dele... Não! Melhor ainda! Essa ideia vai me ajudar a segurar ele por mais tempo na linha. E vai ser ótimo pra testar o quanto ele deve ser amador. Se for um adolescente, ele não vai resistir. Vou tentar" — arquitetou Light uma nova linha de diálogo:
— Essa voz... — disse Kira dissimuladamente — e esse jeito de falar... Não pode ser! Eu achava que você estivesse morto! Eu vi você morrer. Você é L!
Riuk solta uma enorme gargalhada, deixando Light com "uma pulga atrás da orelha", mas, ao mesmo tempo, um pouco convencido, enquanto O sorri inaudivelmente.Notas Finais
Nem eu, q to escrevendo, nao faço ideia de quem seja O^^
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Death Note - Continuação
FanfictionKira se transforma num shinigami e sofre o horror da eternidade e do tédio. Convencidos de que Light estivesse morto, a SPK e a Força-Tarefa têm uma enorme surpresa quando não acham o corpo do réu confesso, Kira, e uma nova e inimaginável tragédia a...