Capítulo 4

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Querido leitor, se parece uma armadilhaVocê já está em uma

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Querido leitor, se parece uma armadilha
Você já está em uma

Dear reader



Arrastada. Foi isso que aconteceu consigo. Maxwell apenas observava de longe o pai surtar pela décima vez seguida com a filha mais velha. Maxine não queria ir até a Ferrari, então relutou como uma guerreira contra o próprio diabo, chorou e resmungou, até tentou fugir no aeroporto, mas Max a jogou em seu ombro fazendo o filho rir divertido. Ele usou palavrões em alemão, e ela respondeu em inglês no mesmo tom.

Maxwell os ignorou, subindo as poucas escadas na Ferrari. Ele já esteve na Itália antes, mas não naquela região. Havia ficado impressionado com o prédio espelhado em tons vermelho, e a propriedade gigantesca. Abriu a porta de vidro pesada, usando o corpo pequeno como apoio. Respirou fundo ao chegar no ambiente refrigerado.

Sorriu ao ver vários carros vermelhos espalhados pelo salão de piso brilhante. Pulou na direção de um deles, encostando-se a pintura escarlate. Atrás do veículo reproduzia um vídeo no telão retangular de um homem usando macacão vermelho, beijando o troféu, sorrindo e acenando. Lembrou-se do trabalho do pai, onde os carros também ficavam estacionados e a maioria das fotos era de seu pai vencendo.

Maxwell era pequeno, mas fez o possível para entrar no carro e se sentar. Segurou o volante, vendo o mesmo símbolo que avistou gigantesco na entrada do jardim. Para ele não passava de uma brincadeira divertida, na qual fazia o pai rir ou se estressar, ao ponto de fazer o filho dar gargalhadas sem entender porque jogava o capacete no chão junto das luvas.

A porta de vidro foi aberta, e viu a irmã passar primeiro, emburrada.

— Pappa, sou piloto! – Maxwell gritou de dentro do carro.

— Agora só me falta pagar indenização para essa empresa capitalista. – resmungou para ninguém em especifico. Maxwell esticou os braços, em um pedido mudo que o tirasse do carro, e Max o fez com cuidado – Não pode se animar com o rival do pappa.

— Mas é legal!

— Se pappa perder você fica sem natal, gosta disso? – Maxwell negou rapidamente com a cabeça, vendo o pai sorrir.

Maxine cruzou os braços fazendo contato visual com a imagem que passava de Charles Leclerc vencendo mais um campeonato para a equipe. Ao lado dele estava Senna, apontando para quem quer que fosse, quase zombando da presença de Maxine. Ela odiava aqueles olhos castanhos.

— Quanto mais rápido resolvermos, melhor. – garantiu Max.

Ela não lhe respondeu, continuava procurando em todos aqueles carros a alegria que via ao avistar um carro prata. Os homens da Ferrari em exibição continuavam sorrindo tanto quanto Maxwell, desde o primeiro, até o último. Eles eram história, os primeiros e inesquecíveis.

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