O mundo era dourado e azul quando tudo aconteceu. Ela estava no topo do mundo, observando todos sem qualquer preocupação, mas a queda foi desastrosa, e seu coração esmagado por mãos que deveriam ama-la.
Maxine Verstappen sentiu-se traída, sendo ven...
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Quando você é jovem, eles deduzem que você não sabe nada Sorriso brilhante, batom preto Políticas sensuais
Cardigan
Enrugou o nariz sentindo os olhos arderem. Estava muito quente, bem mais do que poderia suportar. Fazia algumas horas desde que a tortura começou. Não podia ir embora, pois era um trabalho que manteve no contrato da Ferrari. Ela desfilaria com as roupas, apareceria nas capas de revista, e em troca tentariam não destruir seu único meio de ser campeã.
Só não imaginava que teria de passar horas no deserto, ouvindo Aaron Senna reclamar de cada foto tirada.
— A jaqueta não favorece!
Olhou para a dona da voz feminina. Ela se chamava Catalina, e era chilena. Maxine falou brevemente com a mulher de longos cabelos castanhos, porque estava mais interessada em tagarelar besteiras em português com Aaron. Bem, pelo menos ela o acompanhava.
Verificou mais uma vez o celular, encontrando as poucas mensagens do namorado naquela semana. Ele disse que ficou orgulhoso em vê-la vencendo, mas não atendeu seu telefonema. Ela nunca insistia, achava melhor deixar para outro dia. O trabalho precisava vim em primeiro lugar sempre, esse foi um dos ensinamentos mais importantes do pai, só que, ela gostava de receber muita atenção, algo que também veio do pai.
— Já trocamos três vezes. – o estilista reclamou.
— Mas não favorece!
Aaron pegou outra jaqueta e se posicionou.
— Por que usamos isso no deserto? – perguntou ao maquiador que segurava um mini ventilador para a maquiagem não ser destruída enquanto esperava – Eu estou derretendo com esse vestido.
Nunca esteve em situações tão extremas por dinheiro. Parecia muito fácil só pilotar um carro. Aquilo tudo era ridículo.
Era inacreditável como Aaron gostava de chamar atenção, fazendo gracinha para a câmera e apreciando todo mimo. Maxine ás vezes também posava para grandes marcas, mas nunca se considerando um pavão entre aves menos afortunadas. No paddock ela chamava atenção com qualquer roupa feminina, mas Aaron apenas precisava vestir o uniforme da Ferrari para receber todo tipo comentário positivo.
Levantou-se e caminhou para perto de Enzo. O homem usava uma roupa menos elegante, mas nada que o fizesse parecer menos importante. Bebia água com gelo por um canudo, olhando com atenção a movimentação da produção. Era uma figura bastante singular, tão incomum quanto Persephone Stroll e Charles Leclerc.
— Podemos ser mais rápidos? – perguntei de forma direta.
— Temos muito que vestir.
— É claro, mas para cada combinação de roupa, ele fica mais de uma hora. Nunca sairemos daqui. Se ficarmos pelo menos vinte minutos com cada combinação, poderemos voltar para o hotel e depois casa, o que acha?
