Capítulo 35

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Eu fiz de você meu templo, meu mural, meu céuAgora estou implorando por notas de rodapé na história da sua vidaDesenhando corações na assinaturaSempre ocupando espaço ou tempo demais

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Eu fiz de você meu templo, meu mural, meu céu
Agora estou implorando por notas de rodapé na história da sua vida
Desenhando corações na assinatura
Sempre ocupando espaço ou tempo demais

Tolerate it



— Volte para a corrida. – conseguiu dizer em algum momento, mas foi ignorada.

Aaron estava lá.

Tolerando tudo por ela.

Tolerando Maxine.

Ela não havia se machucado durante a batida, e sim quando tentou acertar Louis. A adrenalina não deixou que sentisse dor, mas bastou entrar na ambulância para o corte latejar. Os médicos lhe enchiam de perguntas, e Maxine sentia-se perdida, sentindo apenas a mão de Aaron apertar a sua.

A tontura passou após um tempo, porém o gosto ácido continuava vívido na língua.

Foram uma sequencia de exames para ter certeza que ela ficaria bem.

O carro estava completamente destruído. Não era um bom presságio.

— Por que desistir de tudo por minha causa?

— Você é mais importante. – sussurrou cálido.

Maxine suspirou, olhando para a televisão desligada.

Onde estava com a cabeça quando correu na direção dos carros? O que teria acontecido se Aaron não a ajudasse? Ela queria morrer? Nunca passara por sua mente tirar a própria vida, e sim morrer fazendo algo que amasse.

Virou-se para Aaron, observando-o ler de cabeça baixa. Segurava com cuidado o livro que fora dado de presente para Maxine. Percebera naquele instante que constantemente encontrava Aaron na multidão, vendo tudo que ele fazia ou não fazia.

— Quero ir para casa.

— Nós iremos para casa. – segurou a mão de Maxine, fazendo carinho com o polegar.

Maxine só deixou o hospital quando seu pai entrou pela porta e a abraçou fortemente, passando a mão pelo longo cabelo dourado e a embalando como uma garotinha, balançando-a com cuidado ouvindo-a chorar. Max prometeu que tudo ficaria bem, porque estava ali e jamais a deixaria. Era tudo que ela queria naquele momento. Nunca ser abandonada ou esquecida. Ser lembrada e amada.

Ela tentou escolher as próprias batalhas, mas a batalha a escolheu entre todos os outros. A faca cortou pelos dois lados durante a guerra que travou incansavelmente.

Maxine caiu do pedestal tão rudemente que sangrou quando chegou ao chão, sem reconhecer si mesma no reflexo dos olhos de tantos estranhos. Sendo empurrada para os lábios da pessoa errada enquanto tentava ser salva.

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