Capítulo 38

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A única coisa que restou é o manuscritoUma última lembrança da minha viagem às suas praiasDe vez em quando eu releio o manuscritoMas a história não é mais minha

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A única coisa que restou é o manuscrito
Uma última lembrança da minha viagem às suas praias
De vez em quando eu releio o manuscrito
Mas a história não é mais minha

The manuscript




O medo faz parte da vida da gente. Algumas pessoas não sabem como enfrentá-lo, outras, acho que estou entre elas, aprendem a conviver com ele e o encaram não como uma coisa negativa, mas como um sentimento de autopreservação.



— Respira fundo, Aaron. Respira. Só respira, vai ficar tudo bem.

O medo tornava o mundo sombrio. Fazia com que quisesse se esconder no canto da sala, longe da luz do sol.

Mas aquilo não era medo. Tinha outro nome. Jamais diria em voz alta, pois corroía seus ossos como lixa. Não, não diria. Não sairia dele. Nunca.

Aaron não conseguia.

Ainda não.

Faltava muito para chegar até aquele ponto, onde havia aceitação e paz.

Onde ele estava antes disso?

Antes de abrir o celular?

Ah!

Era seu aniversário.

Uau!

Ele sobreviveu para comemorar seus vinte e seis anos.

Aaron gritou quando jogaram confete vermelho em seus olhos, estourando pedaços de papel coloridos por todo o canto. Enzo usava todas as suas forças para segurar um bolo retangular gigantesco direto dos anos 2000. Não precisou contar as velas para saber que havia vinte e seis, porque era uma tradição desde que ele assinou com aquela equipe.

— Feliz aniversário, cretino! – Felipe gritou no ouvido do amigo, sendo empurrado pelo mesmo, e recebendo um tapa de Maxine, pois estava perto o suficiente para sentir a cabeça doer.

— A empresa trouxe um presente para a corrida de hoje. – Enzo deu o bolo para um dos funcionários para pegar a caixa.

— Contanto que não seja mortífero. – Toto estreitou os olhos.

Enzo não teve a chance de abrir o presente porque Felipe roubou a caixa de suas mãos e abriu para Aaron ver. Senna riu alto ao segurar o macacão, colocando-o diante do seu corpo.

— Somos paquitas! – Felipe berrou para o mundo inteiro ouvir.

— Está brincando comigo!

— Eu sou o azul e você o vermelho. O idoso fez tudo. – disse em português para ninguém saber de quem falava mal.

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