O mundo era dourado e azul quando tudo aconteceu. Ela estava no topo do mundo, observando todos sem qualquer preocupação, mas a queda foi desastrosa, e seu coração esmagado por mãos que deveriam ama-la.
Maxine Verstappen sentiu-se traída, sendo ven...
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A pergunta bate na minha cabeça O que é uma vida inteira de conquistas? Se eu te empurrei até o limite Mas você foi educada demais para me deixar
Coney island
— Eu sabia.
— Você não sabe de nada.
Bateu a ponta dos dedos na testa, olhando para além de Maxine. Ela virou-se para enxergar o que prendia atenção dele, mas não havia nada.
A mente de Aaron jogava com ele. Era o mesmo que enxergar cores na música. Acontecia quando uma fechadura era novamente aberta, e um click ouvido no seu subconsciente. Era mais fácil lidar com um fantasma, mas nunca com o rosto que viu se contorcer no chão de uma sala.
O rosto jovial era uma mentira. Sabia. Assistiu a mesma corrida diversas vezes até entender completamente que sua mente estava quebrando aos poucos. Um dia não haveria mais o que salvar.
— Não olhe para mim. – fez um sinal apontando para Maxine, mas Aaron continuou paralisado.
— Como você conseguiu isso sem que percebessem? Foi um crime perfeito? – Maxine continuou falando – E suas digitais?
— O jardim. – apontou na direção das flores, além das paredes. Aaron seguiu o dedo dele, hipnotizado. Não era quem falava.
— Foi no jardim. Tem algo lá.
Maxine assentiu, colocando a mão no queixo.
— Envenenamento. Foi inteligente e sortudo por encontrar uma toxina que não aparece nos exames.
— Foi um presente na verdade. – a voz disse novamente, ele imitava a pose dela.
— Foi um presente. – repetiu.
— E a pessoa? Onde está?
— Minha mãe está no céu. – olhou brevemente para o teto.
— Minha avó.
— Mas ela estava viva na época, não é? – pensou mais um pouco – Mas como o fez beber?
— Verdade, como fez?
Aaron colocou as mãos no ouvido, dando as costas para ela e sua alucinação.
Começou na infância. Um escape mental. Aaron conseguia falar mais abertamente com o rosto gentil do outro lado. Foi assim que tudo começou.
— Cadê sua língua? Esqueceu em algum lugar? – ele implicou consigo, instigando.
— Maxine... – chamou-a.
— Sim, diga para a Maxine. – incentivou.
— Preciso que vá embora.
— Não vou embora. – disse firmemente – Um segredo pelo outro, Aaron.