Se você soubesse por onde eu estava andando
Para uma casa, não para um lar, completamente sozinho porque não há ninguém lá
Onde eu busco conforto na minha caneta e meus amigos encontraram amigos que se importam
Ninguém te vê perder quando você está jogando sozinhoDear reader
Esticou o dedo na direção do minúsculo inseto vermelho que pulava de pétala para pétala. Delicadamente tocou na joaninha, deixando-a subir em seu dedo. Precisou encara-la de perto para entender melhor sua fisionomia. Sempre acharia a joaninha engraçada, porque ela era vermelha com bolinhas, como se vestisse os vestidos de sua avó.
Voltou a encarar a mulher ao seu lado regando as flores do jardim. Ela gostava de acordar cedo para cuidar daquela residência, e quando Aaron viajava para visita-la, a acompanhava, afastando imediatamente a preguiça. Gostava de segurar a mão enrugada e frágil de sua avó, e segui-la em passos lentos.
Um dia perguntou de quem eram aquelas flores, e ela contou que pertenciam a um filho que fora embora há muito tempo. Só mais tarde Aaron o conheceu, sem realmente saber quem era, porque nunca trocaram palavras ou se viram. O que uma criança de dois anos sabia sobre fotos que traziam tristeza para uma família tão alegre e unida?
Ela sempre adentrava na casa, cuidava para que não houvesse poeira, lavava as roupas no armário e trocava os lençóis da cama. Aaron a seguia por todos os cantos, passando a mão pelas paredes pintadas, encarando objetos brilhantes em lugares altos e observando um carro abandonado no meio da sala.
Seu pai gostava muito de falar e ver corridas longas na televisão. Seus tios não gostavam quando o assunto surgia à mesa. Ainda assim, Aaron ganhou um kart de natal e tentou fazer o pai feliz, porque todos o ignoravam e ele nunca o ignorou. Aaron gostava da mistura que azul e vermelho apresentava na folha do papel, então deixava tudo roxo, mas as cores do seu capacete costumava ser a mesma que da foto na casa da avó.
Ele aparentava ser bom em corridas longas, porque seu pai sempre o abraçava forte quando passava pela bandeira quadriculada. Aaron gostava de ser recebido assim, por isso não reclamava ao ver seu kart. Contudo, isso deixava sua avó triste.
— E seu eu perder meu neto igual perdi meu filho? O que você vai fazer, Nicolas? – berrou na frente de toda família.
Aaron só tinha seis anos quando seu pai lhe prometeu um novo futuro, muito melhor que todos aqueles apresentados na televisão. Ele disse no meio da noite, antes de Aaron dormir, que sonhava em ver o filho no pódio, no lugar dos atuais campeões. Aaron não conseguiu lhe responder.
A notícia desagradou toda a família.
— Ele tem talento!
— Seu irmão também tinha, e o que aconteceu? O que vai acontecer quando seu menino não voltar?
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Verstappen ✔
FanficO mundo era dourado e azul quando tudo aconteceu. Ela estava no topo do mundo, observando todos sem qualquer preocupação, mas a queda foi desastrosa, e seu coração esmagado por mãos que deveriam ama-la. Maxine Verstappen sentiu-se traída, sendo ven...