Capítulo 23

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E eu venho querendo te dizerEu acho que sua casa é assombradaSeu pai está sempre bravo e deve ser por issoEu acho que você deveria vir morar comigo

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E eu venho querendo te dizer
Eu acho que sua casa é assombrada
Seu pai está sempre bravo e deve ser por isso
Eu acho que você deveria vir morar comigo

Seven



Aaron olhou para Max ao ouvir a música que colocou no celular. Era estranho o suficiente eles saírem tão cedo para cortar lenha. Aparentemente era normal acordar com formigas na cama, porque Maxwell usava casacos quentes e pulava de um pé só enquanto o pai pegava um machado. Tudo isso ao som de Michael Jackson.

— Pegue um óculos e vamos lá.

Fazia poucos minutos que havia amanhecido. O lugar era frio, totalmente diferente do clima agradável do Rio de Janeiro. Aaron odiou a sensação baixíssima ao sair do avião. Esperava pelo frio, porém não naquela magnitude. Ele precisou dormir de moletom, usara várias cobertas, e precisou usar o corpo de Maxine para ficar aquecido.

Imaginou que ficaria na cama até mais tarde, mas a voz inconfundível de Max, fez Maxine empurra-lo para fora da casa. Agora ele estava diante de um pai infeliz e uma criança muito animada. Não sabia o que esperar além da morte, pois conhecia Max há anos, e seu humor era deveras imprevisível.

— Não sei cortar lenha.

— Por isso estamos aqui, vamos te ensinar.

Sabendo que não teria como fugir do inevitável, torceu para que seus ossos não se transformassem em lenha. Pegou um dos óculos e um machado. Max possuía um celeiro interessante nos fundos da propriedade, próximo da pista de kart gigantesca que construiu. Ele guardava muitos pedaços de madeira, máquinas, ferramentas e pedaços de kart. Era quase uma oficina.

Maxwell colocou um pedaço de madeira em cima de um grande tronco cortado. Esse aparentemente era seu único trabalho.

— Bate com força. – Max o orientou.

Aaron ergueu o machado e errou.

— Que burro. – Maxwell riu.

Max fez um final para que afastasse e partiu a madeira ao meio. Maxwell pegou os dois pedaços e colocou em um carrinho de mão. O menino deu mais um pedaço para ser cortado, e Max o transformou em dois com muita facilidade. Ele sabia usar um machado e era desesperador.

— Quais as suas intenções com a minha filha?

Maxwell parou por um instante para encarar Aaron.

— Isso é uma passagem?

— Estamos cortando lenha para o frio, não é uma iniciação.

— Entendi.

— Responde logo. – Maxwell mandou lançando o mesmo olhar desconfiado que o pai, algo que Maxine também fazia com frequência. Era assustador.

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