AJ Mclean #2

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Pedido de @isabelwmalfoy ♡ Espero que aproveite a leitura!

O imagine a seguir introduz cenários sobre anorexia e bulimia e não busca romantizá-lo ou torná-lo menos grave. Se não lhe faz bem ler sobre, não continue. ♡

Don't Wanna Lose You

AJ's P.O.V

Vômito. Vômito. Vômito.

Já faz 15 minutos que ela está lá dentro. Encurvada sobre o vaso, pondo para fora o almoço que eu pedi para ela, feito por um dos melhores restaurantes da cidade. Meu ato de amor indo esgoto à baixo. Eu esperava do lado de fora, encostado à parede olhando para o teto, me perguntando o que raios tinha dado errado.

Só que em determinado momento eu cansei de esperar.

– S/N? Posso entrar?

Tive como resposta um fraco "Não."

– Por que não? – Eu era insistente quando ficava nervoso.

Ela não me respondeu. Entendi que poderia ter mudado de ideia. Abri a porta, sem perceber que fui muito pressuroso e intruso num banheiro ocupado por uma garota.

Encontrei minha namorada em uma cena que jamais sairia da minha cabeça e seria vista até quando eu fechasse os olhos: De quatro no chão, com o rosto fortemente avermelhado e ensopado pelas lágrimas escorridas. Não sentia paz ao imaginar o quando ela deve ter se esforçado só para provocar vômito.

Naquele dia, eu, ainda inocente da situação, dirigi a ela as seguintes palavras, enquanto desgrudava o cabelo de seu rosto:

– Não caiu bem no seu estômago, não é? Pode deixar que vou tratar de reclamar com eles. Ah se vou…

– N-não meu amor, estava até delicioso. – Ela me disse, com a voz enganchada – Mas o problema na verdade é outro…

Eu franzi o cenho, tão atônito que esqueci a boca aberta.

– Acho que chegou a hora de falar sobre isso…– Ela suspirou, olhando para o chão 

Uma frase nunca me assustou tanto.

[...]

Quando o médico diagnosticou S/N com anorexia e bulimia nervosa, eu senti como se um chão de um primeiro andar inteiro tivesse caído sobre minha cabeça. Ou como se inúmeras agulhas de costura atravessassem lentamente o meu coração. Ou Ambos. Especialmente porque eu me senti o principal responsável. S/N passava a maior parte do tempo comigo do que com os pais. Quase morávamos juntos, no meu apartamento. Eu podia ter percebido qualquer sinal. Eu deveria ter percebido.

Mas rapidamente voltei a razão e soprei para longe este luto psíquico. Ela precisava de tratamento e eu faria de tudo para colaborar com sua melhora.

– Oi meu xuxuzinho. – Cheirei seu ombro.

– Oi neném. – Ela sorriu, elevando sua lindas maçãs do rosto. Continuou a lavar a louça. – Trouxe o que lhe pedi?

– Trouxe sim. – Coloquei sobre o balcão as sacolas de compras – Tudo necessário para fazer a mais deliciosa e suculenta lasanha de queijo à bolonhesa.

Backstreet's Back! (Imagines)Onde histórias criam vida. Descubra agora