Backstreet's Back! (Imagines)

(Backstreet Conto) Natal em Nova York

(Se preferir, ouça a música antes ou depois de ler, para mergulhar na experiência. ♡)

Christmas in New york

Eu bato a porta do taxi com força. Dá pra acreditar que ele não seguiu a rota toda só porque eu disse que não ia ter gorjeta? Agora vou ter que continuar o caminho debaixo de toda essa neve e passar por todos os inumeros transeuntes. Hoje era o exato dia em que eu sentia mais raiva por morar em Nova York.

Eu tinha pressa para chegar em casa e não me atrasar para nossa anual reunião de família. Mas esse ano, novas circunstâncias me rodearam, como o fato de eu ter conseguido um emprego numa loja de roupas na Times Square e, bem, considerando a época em que mais se deseja comprar, está explicado o quanto eu estava atolada em atraso.

Meu surto era tanto, que não me importei de passar esbarrando sobre algumas pessoas e suas sacolas de presentes. Só pensava o quanto todos da familia já deviam estar rodeados sobre a mesa jantando, e eu mal me aproximava de chegar em casa e me arrumar.

Passei feito uma louca pela calçada, como se tivesse asas nos pés, que acabei me esbarrando numa figura gorda e vermelha. Ele escorregou e caiu.

- Oh, meu Deus, desculpe, senhor! -Era tarde demais para perceber que eu estava agindo feito uma louca.

E não acreditei que me esbarrei num próprio papai Noel.

O ajudei a levantar. Quando se pôs de pé, o pobre senhor apenas riu.

- Cuidado, docinho! Lembre-se de desacelerar um pouco para apreciar as luzes.

Ele puxou de um saco um embrulho pequeno e me deu.

- Feliz Natal!

Eu recebi e lhe sorri de volta, desejando o mesmo. Logo voltei ao fluxo apressado de caminhada, mas não tão veloz como antes.

Fiquei curiosa para abrir o embrulho, mas estava incapaz de fazê-lo na correria. Fiquei muito pensativa sobre aquele Papai Noel, que ao invés de seguir a conduta da maioria dos nova-iorquinos e zangar-se com o tropeço, agiu docemente como o bom velhinho teria feito.

As ruas movimentadas faziam um barulho denso, mas não capaz de bloquear o som de uma música natalina que se introduzia em um dos enormes ecrãs dos prédios. Um clipe estava sendo exibido de maneira bem visível.

Mas eu só parei para dar atenção àquilo ao ver o nome "Backstreet Boys" ser exibido no começo.

Depois eu cessei o passo ao ver que todos estavam apresentados como bonequinhos de argila extremamente caricatos.

E aí eu me deixei levar pela canção.

🎶
"Luzes estão nas janelas
Neve está no chão
Parece que em todo lugar
Você vê um anjo passeando
Há algo no ar
Você sente em todo lugar
Um novo ano batendo à porta."
🎶

Fiquei encantada com aquela música. Era simplesmente linda, como toda canção natalina. Trazia com sigo a calma, a doçura e o retrato sincero do brilho natalino em forma musical. Era tudo que a barulhenta Times Square precisava ouvir. Exceto que, aparentemente, apenas eu o fazia.

Assistia o vídeo com uma curva nos lábios crescendo. A figura dos cinco backstreet boys em formato de animação stop-motion, intercalada pela imagem real dos próprios, aqueceu meu coração. Mas ainda tinha de continuar o caminho.

No entanto a música parecia me seguir. E quanto mais eu me deixava ser perseguida, mais eu sentia aquele momento ser meu. Como se protagonizasse o clipe.

🎶
"Em cada esquina, Papais Noéis tocam seus sinos
As pessoas reservam um tempo para parar
E desejar o bem umas às outras
Agora para onde você olhar
É como um livro ilustrado
Quem poderia até desejar algo mais
Do que passar o Natal em Nova York?"
🎶

Tristemente, a canção falhava em romantizar a grande cidade maçã. Nova York não era um local tão esplêndido como a música sugeria. Não era difícil localizar lixos jogados ao solo dos parques, vazamentos de esgotos e até ratos. Além do mais, o fluxo pressuroso das pessoas não dava escopo para "desejar o bem umas às outras."

Só notei que estava sendo pessimista demais quando comecei a dar mais atenção no que se seguia ao redor de mim. Estava tão imersa na própria decepção que fui incapaz de ver que muitas das pessoas que passavam por mim, sorriam na companhia da outra. Crianças, um pouco mais ao longe, brincavam na neve sem limitação dos pais.

Aqueles que carregam uma enorme sacola de compras consigo provavelmente amam muito alguém, por ter algo pesado sobre os braços, com a intenção de fazer nascer sorriso em algum rosto.

E tudo mexeu mais ainda comigo, ao passar pelo bem iluminado Bryant Park. No centro do gramado, havia montado um presépio, com estátuas e tamanhos reais de José, Maria, os três reis magos e os animais da hospedaria, todos em volta de uma manjedoura vazia. Haveria mais tarde a colocação do menino Jesus.

Era esse o sentido do Natal que eu já devia ter aprendido. Todos os anos somos colocados a refletir que um Deus tão grandioso deu seu único filho para morrer por nós. E ele chegou ao mundo sem uma entrada retumbante, para nos dar uma verdadeira lição de humildade.

Esvaída de toda a pressa, me sentei em um dos bancos do parque, expirei o fôlego gelado e visível e me pus a observar a visão privilegiada. Era a única época do ano em que todos pareciam ser turistas em Nova York. Pois a cada ano, há luzes, decorações e rostos novos. Tudo se renova.

Decidi lá mesmo abrir aquele embrulhinho dado pelo pobre bom velhinho, vítima da minha pressa efervescente. Apesar de que ele não parecia tão velhinho assim...

Desembrulhei para encontrar um cartão postal com uma foto da belíssima Times Square. Tirada naquele mesmo ano. Mas o que havia escrito em baixo foi o que mais me paralisou. Há coisas na vida, que realmente não tem explicação. E você nunca vai convencer alguém a crer naquele singular acontecimento.

"Há beleza em tudo, mas poucos percebem."
Feliz Natal x
~ A. J.

Bem que eu percebi um incomum piercing no nariz bem escondido por entre a falsa barba branca daquele papai Noel...

🎶
"Oh, passe seu Natal em...
Oh, mais um Natal em...
Oh, sim, eu amo Natal em
Nova York.
🎶

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FELIZ NATAL MEUS LEITORES/MINHAS LEITORAS LINDASSSS♡♡♡

Atrasado? Talvez um pouco, mas tarde nunca! Até porque é Natal até a véspera do ano novo e ninguém muda meu raciocínio akakaksks

Mas falando sério, foi de última hora que criei esse conto. Em razão disso, peço perdão por não ter mantido o padrão de certa "qualidade" na escrita. Mas eu simplesmente me senti instigada a registrar algo de Natal neste livro que tanto tenho carinho e tinha de ser com essa música tão linda e suave, semelhante às músicas da Disney...

Sério, minha relação com ela (E com o clipe) é de pura paixão!

Sem me prolongar muito, quero somente desejar boas festas a cada um de vocês. E que o ano se conclua e se inicie bem. Vocês não merecem esse tempo todo de inatividade no livro.

Espero em muito breve voltar atendendo os pedidos de imagines de vcs.

Um beijo e abraço bem apertado da K.

Fiquem com Deus ♡
(E, provavelmente, até 2023!)
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