32. Paz - Só que nao!

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Acordar com a Brunna nos meus braços era, sem dúvidas, uma das minhas coisas favoritas na terra.

Como sempre, acordei antes dela e fiquei admirando sua respiração e seu semblante angelical enquanto dormia. Não podia acreditar que ela era minha. Finalmente.

Pensei em preparar um café da manhã surpresa na cama pra ela mas confesso que fiquei com pena de tirá-la daquela posição confortável.

Iniciei um cafuné em sua cabeça, bem de leve, mas foi o suficiente para minha bela adormecida despertar do seu sono de beleza. Ela se espreguiçou nos meus braços, esticando seus braços em cima do meu rosto e emitindo um som de preguiça.

— Acordou foi, dorminhoca? — disse baixinho enquanto sorria vendo sua performance para despertar

— Mais ou menos — ela respondeu com a voz embolada, ainda com sono. Rimos juntas da sua reação e eu depositei um beijo carinhoso em seus lábios.

Após toda a preguiça que nos cercava, levantamos para tomar café da manhã juntas, tomamos um banho e tivemos que voltar pra a realidade, afinal, ainda estamos dentro do armário e escondidas, né? Deixei Brunna na sua casa — contra a minha vontade, óbvio — e me encaminhei para minha casa, com o som nas alturas e uma felicidade que eu não sentia há muito tempo.

[POV Brunna]

Tinha acabado de bater a porta de casa e eu sentia que poderia explodir a qualquer momento de tanta felicidade.

Minha vontade era contar pro mundo todo o quanto eu tava feliz por ser, oficialmente, a namorada da Ludmilla... pena que eu não podia.

Aproveitei que ficaria em casa por hoje e tirei o dia para fazer companhia pra Mia, que preparou alguns petiscos pra gente e quis tomar umas cervejinhas. Mia sendo Mia, né?

[POV Ludmilla]

Assim que cheguei em casa, radiante, ouvi um falatório na cozinha que envolvia minha mãe, Luane e uma voz feminina muita familiar. Eu não queria acreditar, mas, eu sabia exatamente quem era.

Enchi meu pulmão de ar, suspirei fundo e entrei na cozinha a fim de confirmar logo minha suspeita.

— Que falatório é esse, família? — disse enquanto entrava sorrindo na cozinha, me deparando com minha mãe preparando algo com a Nete enquanto Luane estava sentada na mesa com... a Isabelly.

Meu sorriso se desmanchou quando confirmei que ela estava ali. Tudo dentro de mim parecia se destruir naquele momento. O sorriso falso dela pra mim, como se nada tivesse acontecido, foi acabando com toda a felicidade que eu estava sentindo.

— Viu só quem tá de visita pra gente, filha??? Bebelly lembrou que a gente existe — minha mãe disse enquanto mexia na panela e me olhava sorrindo por cima dos ombros.

— E aí Lud, tudo bem? Saudade de você — Isabelly direcionou a palavra a mim e eu apenas respirei fundo, tentando me controlar diante do que estava rolando. Apenas acenei a cabeça pra ela e dei uma desculpa que precisava resolver uma coisa.

Subi as escadas com pressa e me joguei na minha cama, rosnando de raiva. Justo no dia que eu finalmente decidi me dar uma nova chance, essa menina volta pro meu caminho.

Minha família sabia que tínhamos nos desentendido e que não foi o término mais harmônico do mundo, mas eles não faziam ideia do peso das coisas. Chorei muito no colo da minha mãe pela Isabelly mas ela nunca soube detalhes de tudo que ela me fez passar.

Em paralelo a isso, Luane e Isabelly sempre foram muito amigas, o que fazia minha mãe também ter um carinho por ela.

Meus pensamentos foram quebrados com a porta se abrindo do nada, me fazendo dar um salto na cama e olhar para trás. Era ela.

Seja bem-vinda • Brumilla Onde histórias criam vida. Descubra agora