— Quem é? — perguntei com a voz um pouco ofegante devido ao amasso que eu e Bru estávamos dando
— Ludmilla, abre essa porta agora... — bufei irritada quando notei que a voz por trás das batidas era de Isabelly. Ela não pararia nunca?
— Isabelly, o que você quer comigo?
— Ludmilla, sai daí agora ou eu vou fazer um escândalo e acabar com essa festa! É contigo mesma! Eu sei que você tá com puta aí dentro — Isabelly falava com a voz mais alterada e a essa altura, por dentro, eu não sabia se estava tremendo de raiva ou de medo de ser exposta
— Isabelly, me espera na cozinha, ok? A Brunna tá vomitando aqui e eu tô ajudando ela. Quando ela melhorar, te encontro na cozinha... agora não consigo
Brunna me olhava com os olhos semicerrados de raiva, ainda atrás da porta, com um semblante decepcionado. Ela não fazia ideia do quão ruim a Isabelly poderia ser então não entendia o motivo de eu ter cedido ao pedido dela.
— Você tem 10 minutos pra me encontrar lá
Ela deu um último soco na porta e saiu. Assim que conseguimos notar que sua presença não mais estava ali, Brunna se soltou bruscamente do meu corpo, virando-se para a maçaneta da porta.
— Ei ei! Respira! Vai aonde? — disse enquanto segurava sua mão pousada na maçaneta, bloqueando sua saída
— Ludmilla, o que você acha? Que vou ficar aqui dentro do banheiro esperando você ter DR com a sua ex? Fala sério, sabe...
— Bru, me escuta... você não conhece o quão ruim a Isabelly pode ser. Se eu cedi, foi porque eu realmente tenho receio do que ela possa fazer e eu não quero te botar na loucura dela também.
— Que seja, Ludmilla! Só me deixa sair e vai logo
Quando a Bru fez menção de, novamente, movimentar a maçaneta pra sair, virei seu rosto pra mim e dei um beijo demorado em seus lábios, que se mantiveram em transe ao invés de me corresponder. Soltei um suspiro frustrado e vi Brunna passar pela porta com um semblante neutro e de cabeça baixa, acredito que por ter lembrado que provavelmente Isabelly estaria de olho em nossa saída. Agradeci mentalmente pelo seu racional ter falado mais alto nesse momento.
Respirei fundo e sai em seguida do banheiro, olhando em direção a cozinha e me deparando com o olhar repleto de raiva de Isabelly, fixo, me observando. Fui até ela com o maxilar travado e a observando fixamente de volta.
— Eu posso saber qual é o seu problema, Isabelly? — parei em sua frente, de braços cruzados, enquanto observava os movimentos de Isabelly, debruçada na mesa
— Meu problema é você. Você me deixou passar vergonha lá na piscina por causa da sua amiguinha bebada e agora fica se enfiando em banheiro com ela. Vai dizer que você virou cadelinha de hétero? Porque essa menina claramente é!
Suspirei profundamente e tentei, em questão de segundos, aquietar minha mente que me indicava tantas opções de respostas baixas pra Isabelly que possivelmente eu teria como devolutiva uma bela surra no rosto. Então, para evitar o caos, me limitei ao meu melhor mood: o deboche.
— Aí Isabelly, esse show todo por causa de ciúmes de uma amiga minha que além de tudo é hétero? Faça-me o favor né.. o pior de tudo é você ACHAR que pode sentir ciúmes de mim! Já estamos terminadas, eu não te devo nada, esqueceu?
Isabelly foi chegando próxima ao meu rosto, com o dedo indicador próximo a minha bochecha e meus olhos observavam atentamente toda a movimentação da sua mão
— Ludmilla, entende de uma vez: você é minha! Não tem essa de terminadas droga nenhuma... eu que decido quando isso aqui termina e definitivamente não estamos acabadas