•ʀᴜɴ ʙᴛs•sᴏᴘᴇ•

↬𝟏𝟎↫

Ao entrarmos no escritório, corri para a minha secretária a fim de ativar o modo de segurança da minha sala. Cortinas de metal envolveram as quatro paredes da mesma.

— Ahm, Yoon... — chamou Jimin.

Desviei o meu olhar exatamente para o lugar onde estavam os seus olhos e os do ruivo. Não queria acreditar no que estava a ver.

Nas cortinas de metal, haviam inúmeras coisas escritas. Desde ameaças diretamente a mim, para os meus amigos e os amigos de Hoseok, incluindo ele mesmo.

Um símbolo de proibido por cima da palavra felicidade era o que mais se destacava. Assim como desenhos de arcos e flechas e frases como "vamos mudar o mundo para melhor" ou "nós seremos como deuses" eram bem visíveis, escritas em vermelho.

— Como é que isto é possível?! Estas cortinas só baixam com a minha impressão digital! ENTÃO, COMO CARALHOS É QUE ESTA MERDA ACONTECEU?! — gritei, irritado.

Fez-se silêncio. Respirei fundo para me acalmar e reprimir a raiva que me consumia e que cada vez mais se acumulava em mim.

— Tem muitos métodos de falsificar a impressão digital. Até mesmo fita cola e um marcador são suficientes. — falou num tom baixo, Jimin.

— A pessoa que fez isto tinha de saber que nós vínhamos aqui! Por que razão escreveria ali os nossos nomes? — questionou Hoseok.

— Não acho que essa seja a explicação. Por que escreveria os nomes de todos nós se só estamos nós três? Algo me leva a acreditar que seja uma coisa mais pessoal. Qualquer coisa que nos conecta aos sete. Só não sei o quê.

— Jimin, não acho que seja isso. Não tenho ideia melhor ou uma explicação, mas é impossível haver algo que nos conecte! Nunca vos vi na vida antes de isto acontecer! — argumentei.

— Não precisa ser obrigatoriamente uma ligação de amizade ou algo assim. Pode ser algo que tenhamos em comum. Mas, enfim. Talvez seja uma teoria demasiado ridícula.

— Eu concordo com o Jimin, Yoon. Por que razão eles escreveriam os nossos nomes juntos? Talvez haja, de facto, alguma conexão. Mas o que me preocupa é não saber quais são as intenções deles conosco. — revelou Hoseok.

— São capazes de ter razão. De uma maneira ou de outra,precisamos pensar qual será o nosso próximo passo. Se conseguiram arranjar uma maneira de falsificar a minha impressão, vão conseguir abrir as cortinas, dando acesso fácil a esta sala para os arqueiros.

— Bem, podemos descer até outro andar. Pela janela... — disse Jimin.

Olhei para ele com os olhos arregalados. Vi-o tirar cordas da sua mochila.

— Vamos mesmo fazer isso? — questionei, vendo o ruivo ir ajudar o loirinho.

— Por que não? Tens alguma ideia melhor? É o único jeito que temos. Já fizeste escalada alguma vez? — perguntou Hoseok.

— Bem, já, Hoba, mas... Tem um problema.

— E qual é esse problema? — questionou Jimin, enquanto prendia uma das pontas da corda em algo forte o suficiente para aguentar nosso peso durante a descida.

— Para descermos pela janela, tenho de desativar as cortinas de metal. Se o fizer, a porta para o escritório vai se abrir automaticamente. Não vai demorar nem dois segundos para um arqueiro entrar aqui. Não nos dá tempo de bloquear com os móveis.

— Sem problema. Eu fico a bloquear a porta com o corpo enquanto vocês descem. Quando vocês estiverem em segurança, eu desço logo depois.

— Mas...