↬𝟏𝟓↫

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Provavelmente, os arqueiros que ali estavam também saíram a correr como todos os outros.

Aproximamos-nos da beira do terraço e olhamos para o local de onde vinha a sirene.

— Caralho... — sussurrou Hoseok, ao se deparar com a mesma cena que eu.

Mesmo em frente à entrada da base militar, havia 20 filas enormes, preenchidas por arqueiros, soldados infectados como o nosso amigo havia mencionado, e pessoas infectadas.

Estaria ali, provavelmente a população inteira de Seul. Na escadaria que vem depois do portão que marca a entrada na base, estava o que parecia ser alguns membros do governo.

Mas todos estavam parados em linha reta, esperando alguém chegar. Toda a cena era horrorizante, no sentido em que nós dois poderíamos ser os únicos livres de nano robôs sem haver chantagem como o arqueiro nos disse que havia.

Olhando com mais atenção para o inicio das filas, vi um homem de capuz verde dar indicações para que a primeira fila o seguisse. Ao fazê-lo, caminharam até a traseira de um caminhão, que se encontrava aberto. Dentro do mesmo, havia imensas caixas.

O homem de capuz verde subiu nele e abriu uma delass. De dentro, tirou armas e começou a distribuir para as pessoas que estavam na fila. Pela quantidade de caixas, era fácil entender que eles tencionam armar toda aquela multidão.

— O que é que vamos fazer, Yoon? Se as nossas chances já eram poucas, então agora elas atingiram o zero. — comentou Hoseok.

— Não penses assim. Não podemos... Perder a esperança. — respondi, não conseguindo desviar o olhar da cena à minha frente.

— Não estou a perdê-la. Estou a jogá-la fora. — explicou ele, não colocando nem um pingo de ironia no que disse.

— Então não a jogues. Guarda em algum lugar dentro de ti. Garanto-te que ainda vais precisar dela.

— Estás muito confiante. Será que estás a ver a mesma coisa que eu?

— Estou. Mas o meu pensamento não mudou muito. Eu já tinha em mente que a ideia de que podia haver este tanto de pessoas infectadas era possível. Então, acho que apesar de estar em choque, não me incomoda tanto assim a ideia. Afinal, estas pessoas já estavam infectadas durante toda a nossa fuga. Mas agora estão aglomeradas todas no mesmo lugar. É isso que pode causar uma sensação de ser mais pessoas e despertar medo.

— És capaz de ter razão. Depois de ver isto, perdi a vontade de fazer seja o que for. Só cresceu o sentimento de cansaço e a vontade de desistir.

— Isso é agora. De certo que quando estivermos em apuros, já mudas de opinião novamente. — disse eu, com todas as certezas de que isso iria acontecer.

Alguns minutos depois, um zumbido no ar começou a ser ouvido. Ao desviar o olhar de tudo o que estava a acontecer em frente à base militar e olhando na direção contrária, vi um helicóptero a voar para o terraço da base.

— Quem é que será que acabou de chegar? — questionei.

— Não sei. Mas para vir de helicóptero, deve ser alguém chique ou muito importante. Outro membro do governo ou assim. Talvez o causador de tudo isto.

Ficamos a observar a viatura aérea pousar e, então, alguns soldados ajudaram dois arqueiros e dois homens a sair de dentro da mesma. Esses dois arqueiros também tinham o capuz verde.

— Não consigo saber ou identificar os dois homens. Mas apercebi-me que os de capuz verde são os mais próximos a eles. E pela maneira natural que agem, dá-me a sensação de que talvez não estejam infetados.

•ʀᴜɴ ʙᴛs•sᴏᴘᴇ•Onde histórias criam vida. Descubra agora