Sem pensar duas vezes, desbloqueie a porta da loja e abri a mesma, tentando decifrar de onde vinha o grito. O sol estava a nascer, o que facilitou a visão para um rapaz loiro a apenas alguns metros de distância dali.
— Jimin? Jimin! — gritei correndo naquela direção.
Ao chegar junto do mesmo, deparei-me com algo assustador. Um arqueiro estava caído sobre o loiro, sem vida. Jimin tinha as mãos cobertas de sangue, o mesmo que estava na flecha espetada no pescoço do homem de capuz.
Ele tremia por todo o lado, ao mesmo tempo que gritava e chorava. O pior da cena toda, não foi ver o homem morto, mas saber que aquilo ficaria na consciência do loirinho durante anos, senão para o resto da sua vida.
Apercebendo-se de toda a situação, não demorou muito para que Hoseok corresse até nós.
Mas, ao contrário de mim, que estava parado a observar e a processar toda aquela cena, Hoseok abaixou-se junto de Jimin e abraçou o mesmo, ignorando por completo o que o amigo havia feito.
Se formos olhar bem, foi em legítima defesa, então, não tinha porque ele ser processado ou algo assim no futuro.
— Jimin, tem calma, anjo... — pediu Hoseok, apertando o abraço.
— Está tudo bem agora. Estamos aqui contigo. Ninguém vai te fazer mal. — comentei eu, retirando o corpo do homem de cima dele e juntando-me ao abraço deles.
Após alguns minutos, eu e Hoseok levantamos o loiro do chão. O ruivo tratou de segurar o corpo do amigo, que parecia que a qualquer momento ia perder as forças e cair no chão.
Já eu, tratei de pegar o arco e as flechas do cadáver, assim como os seus documentos, que nos poderiam fornecer alguma informação útil.
Como se tivesse lido os meus pensamentos, Hoseok pediu-me algo que me deixou um tanto arrepiado.
— Yoon, achas que consegues levar o cadáver para a loja? Pode parecer estranho, mas quero analisar o corpo e tentar entender como funcionam as tais flechas e os efeitos que elas causam no corpo humano.
Não vou mentir, pensei sinceramente em recusar a ideia. Mas aquela era uma das nossas melhores opções até o momento para descobrir pistas sobre o que estava a acontecer.
Foi por isso que, com muita força de vontade, coragem, e, não vou negar, nojo, que carreguei aquele corpo já sem alma para o nosso abrigo.
Ao chegarmos ao mesmo, voltei a bloquear a entrada por onde havíamos saído anteriormente, direcionando a minha atenção em seguida para Jimin, que apesar de já ter cessado o choro e os gritos, não conseguia parar de tremer.
— Jimin... Não te vou dizer para teres calma, porque isso normalmente não ajuda quando se está estressado, mas peço-te para não te sentires culpado. O que aconteceu não foi uma escolha tua, foi instinto de sobrevivência. Então, não te questiones interiormente se fizeste bem em matá-lo ou se devias simplesmente tê-lo deixado matar-te. Mais vale ter morrido um assassino do que alguém que é importante para mim. Entendido? — perguntei, obrigando-o a olhar-me nos olhos.
Ele voltou a chorar. Sem pensar duas vezes, voltei a abrigá-lo nos meus braços, sobre o olhar atento e preocupado de Hoseok.
Depois de longos minutos, ele finalmente conseguiu acalmar-se, o que deixou a mim e ao ruivo mais sossegados.
Afastando-se de nós, Hoseok foi buscar umas luvas descartáveis e um canivete. Não era o material mais adequado para dissecar um corpo, mas era o que havia no momento.
— Eu sei que provavelmente Jimin, que é cientista, já está habituado a ver estas coisas, mas não sei até que ponto tu estás, Yoongi. Então, talvez devesses ir para outro lugar ou algo assim. — informou ele.
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•ʀᴜɴ ʙᴛs•sᴏᴘᴇ•
FanfictionYoongi contava mais um dia na sua vida. E tal como em todos os outros, seguiu a sua rotina matinal. Mas naquela manhã, isso foi quebrado. No caminho para trabalho, este depara-se com uma situação chocante. Um grupo de homens com capuzes e armados...