— Então, senhor arqueiro, vai a bem ou a mal? — perguntou o ruivo, vendo o medo e o desespero nos olhos do homem amarrado à cadeira.
Ele olhou para Hoseok, depois para os cães, e finalmente para mim. Vi-o engolir a saliva.
— A bem, por favor. — sussurrou ele.
Provavelmente, o seu medo por cães despertou gatilho nele, fazendo os nano robôs falharem, deixando-o humano.
— Resposta certa. Vamos fazer mais algumas perguntas. Espero que colabore. — comentei.
De uma maneira ou de outra, não posso negar que fiquei feliz ao saber que não seria necessário usar violência.
Pelo menos esse foi o meu pensamento durante as primeiras perguntas, antes mesmo de ele se recusar a responder a outra.
— Então, senhor arqueiro, diga-me, qual é a intenção das pessoas que estão por detrás disto? — questionei.
— Criar um exército controlado por eles e que seja perfeito.
— "Eles"? Quantas pessoas estão no comando desta operação? — voltei a questionar.
— Acima de tudo, só está uma pessoa. Mas ele arranjou uma maneira de ter outros "sócios", usando algo para os ameaçar.
— E onde é que o governo se encaixa nisto tudo? E o exército coreano? — perguntou Hoseok, desta vez.
— Diretamente, em lado nenhum. Mas indiretamente, sim. Parece que o "chefe foi injustiçado". Mas isso é só na cabeça dele. Então eles fizeram um atentado na noite em que tudo isto aconteceu. Infetaram grande parte do exército e alguns membros do governo.
— Sabe de que maneira ele foi injustiçado? — prosseguiu o Hoseok.
— Não sabemos. Apenas o sócio mais importante dele sabe.
— Certo. Passando isso à frente, quem é esse tal chefe e esse sócio tão importante?
— Senhor Jung e senhor Min. É a única coisa que sei, além de que Jung é cientista e Min, um hacker bastante experiente.
Eu e o ruivo entreolhamo-nos. Só podia ser coincidência do destino eles terem os nossos apelidos.
Tentei não pensar muito no assunto e prossegui com o interrogatório. Análises de respostas e informações novas, faríamos depois.
— E qual é o problema desses dois conosco? O que é que eles querem de nós e dos nossos amigos?
— Eu não posso fornecer essa informação.
— Não vás por aí, arqueiro. A tua melhor opção é responder. Então, não nos faças perder tempo e responde.
— Eu realmente não posso. Se eu o fizer, eles podem acabar com a minha vida. Eles conseguem escutar tudo. Se até agora não me mataram, é porque querem que vocês saibam das coisas que vos estou a dizer.
— Eles conseguem escutar tudo? Como? Através dos teus nano robôs?
— Não é através de mim que eles escutam as coisas.
Fez-se silêncio. O homem encarou o chão. Apesar de agora não estar sob o efeito dos nano robôs, estes, a qualquer momento, podiam voltar a ativar-se e tirar a vida dele.
— Yoon, eu vou testar "aquilo" do Taehyung.
Percebi que ele não se referiu especialmente ao que "aquilo" era, por eles realmente nos conseguirem ouvir.
Ativando o protótipo do Taehyung, o ruivo encostou o mesmo na nuca do arqueiro e forçou o aparelho a ficar preso naquela zona através dos braços robóticos que o Tae construiu com esse mesmo objetivo.
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•ʀᴜɴ ʙᴛs•sᴏᴘᴇ•
FanficYoongi contava mais um dia na sua vida. E tal como em todos os outros, seguiu a sua rotina matinal. Mas naquela manhã, isso foi quebrado. No caminho para trabalho, este depara-se com uma situação chocante. Um grupo de homens com capuzes e armados...