↬𝟐𝟑↫

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Os arqueiros que vinham atrás estavam cada vez mais próximos. O loiro estava agarrado ao tornozelo pela possível dor. Taehyung e o Jungkook encaravam-se.

Hoseok ia juntar-se a eles mas eu agarrei-lhe no braço. O mesmo olhou perplexo para mim.

— Yoon...

— Não. — foi a única coisa que eu disse.

Mas a última palavra foi do Tae.

— Dispara. — disse ele ao Jungkook.

Silêncio. Apenas os passos cada vez mais próximos dos arqueiros que aí vinham eram audíveis.

Jungkook não mexeu um único músculo. O mesmo para Taehyung. Apenas Jimin se mexia, chorando silenciosamente com a dor do seu tornozelo.

O ruivo, ora olhava para a cena, ora olhava para mim. Eu mantinha os meus olhos nos arqueiros que se aproximavam.

Toda essa cena era horrorizante em vários sentidos e pontos de vista. Ninguém sabia o que fazer. Mas por alguma razão, o meu instinto indicou-me que devia impedir Hoseok de ir até aqueles três.

Os olhos do Jk arregalaram-se de repente como se o mesmo tivesse acordado para a realidade e se apercebesse do que estava a fazer.

O mesmo tremeu e vacilou, desviando a arma dos que disse amar, virando-se na direção dos arqueiros e começando a disparar para eles.

Ele havia desativado os seus próprios nano robôs através do gatilho. Mas agora deve-nos uma explicação, porque o gatilho só é válido com os nano robôs quando está relacionado ao passado ou algo muito assustador no momento.

E ainda que compreendesse que pudesse ser mau apontar uma arma a quem se jurou amor e lealdade, não seria suficiente para eventualmente o fazer acordar para a realidade.

Não o suficiente como o relacionamento abusivo do Jimin ou como a relação familiar horrenda do Tae.

— Fujam. Já vou ter com vocês! — gritou o mais novo.

Tae pegou Jimin ao colo e então continuamos a correr, olhando sempre para trás para garantir de que o Jungkook também vinha.

Ele realmente vinha, só que um pouco mais atrás por vir a dar um fim à vida de alguns arqueiros que nos perseguiam, garantido a nossa segurança enquanto grupo que somos. Mesmo que ainda não estejamos todos. Mas havemos de estar. Isso é certo.

— A porta à direita no fundo do corredor! — indicou Taehyung.

Eu e o Hoseok, que vínhamos à frente, abrimos a mesma e deixamos que todos entrassem. Eu fiquei cá fora à espera que o mais novo entrasse e então só depois entrei eu mesmo, fechando aquela porta e trancando-a por dentro.

Sentando o loiro numa cadeira que ali havia, Taehyung correu até o sistema de desbloqueio da porta e entrou no mesmo, obtendo autorização para mudar o código. E assim ele o fez. Desta forma, ninguém conseguiria entrar naquela sala. Apenas alguém que tivesse a tal autorização. E mesmo assim, teria de vir até aqui fazer essa alteração manualmente.

Como o Taehyung conseguiu essa autorização? Estamos a falar de um hacker e informático profissional, então essa é uma questão que nem se coloca.

— Pronto. Estamos seguros. Não estou a ver o Jung vir até aqui tão depressa. Devemos ter pelo menos uma meia hora aqui. — informou Tae.

— Agora, explica lá o que raio é que aconteceu? — exigiu Hoseok, que caminhava até o Jimin, examinando o seu tornozelo.

Um médico sempre faz o seu trabalho, independentemente do lugar onde esteja, da situação em que se encontre ou até mesmo fora do seu horário de serviço. Isso é algo que admiro na profissão, apesar do meu trauma com hospitais e assim.

•ʀᴜɴ ʙᴛs•sᴏᴘᴇ•Onde histórias criam vida. Descubra agora