— Sim, tens razão. Precisamos de um plano se o queremos apanhar porque os cinco andam sempre juntos.
— Nós havemos de arranjar qualquer coisa. Sempre arranjamos. — incentivou o ruivo.
Sorri para ele. Dei-lhe mais um abraço, seguido de outro beijo eufórico e então ambos nos começamos a vestir.
Estamos ansiosos por acabar com isto tudo. Por isso que, assim que acabamos de nos vestir, começamos imediatamente a planejar os passos e detalhes para colocar a primeira parte do nosso plano principal em ação.
— Então eles andam sempre juntos. A melhor forma de conseguirmos pegar o Tae é isolando-o dos outros sem que dêem por nós. — sugeriu Hoseok.
— Isso vai ser bem complicado. Mas vamos tentar. E de preferência, vamos ter muito cuidado também porque eu não estou com vontade de apanhar outra vez. Fora de brincadeiras, dói-me cada músculo e cada célula do meu corpo. — queixei-me, ainda sentido como se os meus amigos ainda me estivessem a espancar.
E por mais que há pouco tenha brincado a dizer que agora só me doía o cu, tal como disse, era só uma brincadeira.
E isso é bem visível e bem fácil de perceber. Basta reparar a minha expressão de dor cada vez que me mexo. E, ainda que poucos, os hematomas nos meus membros inferiores e superiores deixam a coisa bastante clara.
Não havia ninguém que apanhasse daquela maneira e não sentisse uma linha de dor. Ainda assim, disse-o num tom mais divertido porque não queria que o ruivo se preocupasse demais comigo e se esquecesse de focar nele e na nossa missão.
— Se quiseres podes ficar aqui e eu...
— Tu nada, Hoba. Vamos juntos e ponto final. Não comeces com essas coisas que a minha paciência de momento está escassa. Acho que, quando estava a sangrar da cabeça, além de sangue, também saiu paciência.
Ele riu-se ainda que os olhos dele me transmitissem preocupação e alguma dor da parte dele. Dor do quê? Talvez daquilo que estivemos a falar ou de não ter conseguido me ajudar a tempo para que eu não estivesse tão mal assim agora.
Mas espero que seja a primeira opção, não que eu goste que ele sinta dor claro, mas porque não quero que ele se culpe pelo que me aconteceu.
A culpa é definitivamente do pai dele e tenho de admitir que, apesar de saber que eles estão a ser controlados, não consigo evitar de ter alguma raiva, ainda que pequena, dos meus amigos. Especialmente depois de terem magoado a minha filha.
— Bem, nesse caso, na próxima vez que precisares de uma transfusão de sangue, faço-te uma transfusão de paciência também. Preciso arranjar alguém que doe porque eu também não tenho muita. — respondeu ele, enquanto destrancava a porta da enfermaria.
— Fica combinado. Qualquer coisa, podes pedir ao Namjoon, que ele tem muita que sobre. Mas primeiro, precisamos de salvá-lo, claro. Ainda que seja imune, não me apetece ter em mim paciência infetada com nanorobôs. — sussurrei, rindo, ao mesmo tempo que avançamos pelo corredor.
— Claro. Mas, olha, primeiro vamos tratar do Tae então, até lá, vais ter de poupar a pouca paciência que te resta.
Ao chegarmos ao fim do corredor, vimos um grupo de arqueiros com dois cientistas a subir as escadas.
Aflitos, pegamos os nossos filhos e escondemo-nos dentro de uma sala que ali havia.
— Por que raio é que tem que ter sempre alguma coisa para nos atrasar? — perguntei, de forma irônica.
— Tem calma, Yoon. Não estavas a brincar quando disseste que estavas sem paciência. — reclamou o ruivo comigo.
Não lhe respondi e limitei-me a revirar os olhos, colocando inconscientemente um biquinho nos lábios.
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•ʀᴜɴ ʙᴛs•sᴏᴘᴇ•
FanficYoongi contava mais um dia na sua vida. E tal como em todos os outros, seguiu a sua rotina matinal. Mas naquela manhã, isso foi quebrado. No caminho para trabalho, este depara-se com uma situação chocante. Um grupo de homens com capuzes e armados...