Capítulo V - Amor

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"Eu amo ler histórias de amor como a de Romeu e Julieta. Aquele amor visceral, que está disposto até mesmo a encarar a morte pelo outro. Aquele amor que faz esquecer todo o passado, tudo o que já se passou antes de esbarrar pelo caminho da pessoa amada. E, ah, a pessoa amada! Que ser humano de luz! Ela te entende, te aceita, nunca te rejeita, você sente ciúmes, mas não é ela quem provoca, e você sabe que sente apenas para ser bonitinho. Você ama pelo simples motivo de não existir razão para não amar".

"Sinto informá-los, amados, mas o amor está exatamente no outro extremo desta linha. O amor é apesar de tudo. Apesar dele nunca mandar uma mensagem de bom dia. Apesar dela ter um monte de amizades coloridas. Apesar dele se vestir extremamente mal. Apesar dela nunca rir das suas piadas. O amor é um presente tão grande que vem carregado de pesares. É o preço que se paga. Amor de graça não existe. É mera ilusão".

"O amor é uma constante troca. É uma perpendicular à paz. Está em sentido oposto à satisfação. E costuma deformar o universo real. O amor é uma maldita droga, pois vicia. Entorpece seus sentidos. É remédio e veneno na mesma dose. O amor é para os fortes. Porque haja coração! O amor não é justo, mas ele é. É justo porque ele nos suga, mas nos dá em troca. E não é justo porque nem todo mundo é capaz de experimentar. É como uma bebida forte. Alguns tentam, mas sob a sensação de queimar a língua rapidamente desistem. Outros bebem a goles fartos, pois aprenderam a sentir prazer nesta dor".

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