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Infelizmente ele chegou em casa mais tarde do que pretendia, foram tantas coisas a se fazer que quando viu já era perto das nove da noite, então dez horas, e era hora de voltar. Quando pousou no terraço de pouso da Casa tudo já estava apagado, desde a sala de jantar, a sala de estar, tudo, apenas as poucas luzes feéricas nos corredores.

Já estava na frente da porta de seu quarto quando uma voz suave, encantadora e até mesmo sedutora eccou pelo corredor. Suas sombras começaram a dançar e a cantar em respostas, voltadas em direção ao quarto de Gwyn.

A cada nota que a voz dava, a cada verso cantado daquela canção linda, seu corpo de icendiava por dentro, seu sangue esquentava, sua respiração parecia querer falhar e quando viu suas pernas e seus pés já se moviam lenta e silenciosamente em direção a fresta de luz que saia da porta entre aberta do quarto de Gwyn.

A canção ficou ainda mais perto, mais perto fazendo o coração de Azriel se acalmar a cada batida. Com cuidado ele se colocou ao lado da porta e junto de suas sombras espiou dentro do quarto vendo-a.

Gwyn estava sentada na beira do pé da cama, parcialmente virada na direção da porta, as luzes feericas estavam em meia luz, e o brilho da lareira a iluminava deixando-a parcialmente dourada. Ela vestia um roupão azul claro, a manga esquerda cauda deixando o ombro feminino e delicado a vista e parte do peito dela, o desenho dos seios. O cabelo molhado era penteado por ela com uma escova macia, jogado totalmente do lado esquerdo do corpo da meio ninfa, brilhando como metal derretido a aquela luz. Os olhos estavam fechados conforme uma mão penteava os fios com a escola e a outra com os dedos e pelos lábios bem desenhados e levemente carnudos saída a canção mais linda que Azriel havia escutado em toda sua existência.

Quando deu por si estava de boca aberta, olhos vidrados na fêmea cujo a pele parecia agora brilhar levemente... Era como a visão de um sonho, ela parecia uma musa de um sonho. Suas sombras cantavam a canção de volta, bem baixinho e dançando tímidas em volta de Azriel que não conseguia tirar seus olhos de Gwyn, não conseguia sequer desvia-los um milímetro dela, por que sentia que se caso fizesse perderia aquela visão dela para sempre.

Seu corpo então começou a esquentar, a barriga ficou fria, as mãos suando, o
coração palpitando cada vez mais rápido no peito e cada vez que as mãos de Gwyn deslizavam sobre os fios ruivos de seu cabelo sentia um formigamento por toda sua pele e quando percebeu já era tarde demais, bem baixinho começou a cantar com ela, uma voz suave e masculina que lrgnou perfeitamente com a dela.

Gwyn então abriu os olhos e olhou confusa pelo quarto parando de cantar sutilmente, as mãos pousaram no colo e então ele desapareceu em meio a suas sombras indo diretamente para dentro do próprio quarto.

Azriel estava ofegante, ofegante e trêmulo, um sensação que lhe apertava o estômago e acelerada seu coração. Levou as mãos à cabeça entregando os fios de seus cabelos negros entre os dedos cobertos de cicatrizes. Pelos deuses, ele sabia bem o que eram aqueles sintomas mas não queria acreditar que fossem...

— Az? — escutou a voz dela chamando atrás da porra fechada e quase que automaticamente fora até ali, porém parou a centímetros da madeira, em total silêncio, como o mestre-espião que era e suas sombras o acompanharam. — Você voltou?

Ele respirou fundo tremendo por inteiro, trincou os dentes com tamanha força que poderia trinca-los. Então levou ambas as mãos a madeira a espalmando ali e recostou a testa também, suas asas que sempre estavam bem juntas as costas pareceram murchar e se esparramaram no chão.

— Ah... Deve ter sido imaginação minha — disse Gwyn bem baixinho e logo os passos dela começaram e se distanciaram. — Que maluquice a minha...

Escutou ela murmurando comido mesma até a porta do quarto dela se fechar.

Azriel abriu os olhos e levou a mão direita, calejada e comer tá de cicatrizes com o Sifão azul repousando nas costas, ao peito e sentiu... Sentiu no fundo de seu  ser, de sua alma, a linha, o laço que o ligava a Gwyn... E ele não conseguia acreditar.

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