Após se despedirem dos avós de Gwyn caminharam juntos até sair dos limites do palácio onde Azriel poderia atravessa-los para a propriedade onde q mãe de Az vivia. Gwyn quase não conseguia se conter de ansiedade, até mesmo a luz da estava dando alguns sinais por conta do nervosismo, mas Azriel a acalmou antes da névoa gelada e negra os rodear e quando Gwyn percebeu estava com os pés vestidas nas botas sobre um chão de lama.
Ela olhou em volta vendo alguns pinheiros e outras árvores coníferas pintadas com as cores do outono e no meio de uma clareira estava uma casa de madeira. Era um sobrado de dois andares muito charmoso, saia uma fumava branca da chaminé e havia um cheiro delicioso de comida sendo cozinhada.
Havia guns animais, como galinhas e patos que andavam pela lama e um cercado com uma vaca peluda e outro com alguns carneirinhos.
Era um lugar tranquilo, sem ninguém por perto, mas aparentemente muito seguro.
Escutou a porta do galinheiro se abrir e então olhou para ali assim como Azriel e viram a fêmea illyriana de cabelos castanhos escuros, olhos avelã num tom mais dourado, pele bronzeada e asas como as de Emerie saindo dali com um gesto cheio de ovos. Os cabelos estavam bem presos, o vestido para tempos mais feios era simples, usava um casaco por cima e um avental.
Azriel pegou em sua mão e ela o olhou.
— Vamos? — ele questionou e Gwyn deu um sorriso nervoso, mas assentiu.
Juntos começaram a andar em direção a mãe de Az que ainda não os havia percebido, ela agora analisava alguns ovos com cuidado.
— Mãe — chamou Azriel e Olea rapidamente se voltou para o casal. Tinha um sorriso no rosto que se desfez ao ver que Az não estava sozinho, os olhos se estalaram um pouco e ela olhou de um para outro confusa.
— Ah... Oi meu filho — ela disse dando um riso confuso e sorrindo.
Não aprecia ser muito mais velha do que Az, bom talvez alguns fios grisalhos no meio do castanho escuro, mas em geral ela ainda aparentava jovem.
Olea ficou olhando de um para outro em silêncio, mas o olhar que dava para Azriel era como pedisse explicações e ela transpirava a curiosidade.
— E você? — perguntou a Gwyn que corou um pouco e apertou a mão de Az por conta do nervosismo, mas ele apenas afagou as costas da mão dela com o polegar para acalma-la.
— Gwyn, essa é minha mãe, Olea — ele disse. — Mãe, essa é Gwyn, minha parceira.
Gwyn deu um sorriso gentil.
— Muito prazer — disse.
A mãe de Azriel soltou um ofêgo baixinho abrindo a boca, agora olhava de um para o outro rapidamente, ainda confusa, mas aos poucos um sorriso fora se formando no lábios dela e começou a rir.
— Pelos deuses! — ela disse rindo e então secou as mãos no avental e fora até o casal. — Que alegria, meu menino!
Olea abraçou Azriel que soltou a mão de Gwyn devolvendo o carinho a mãe que ria de pura felicidade e então se separaram e ela olhou para Gwyn.
— Ah... — suspirou. — Você é tão bonita! — a valquíria abriu um largo sorriso e riu junto de Olea e se abraçaram, até mesmo balançaram os corpos um pouquinho e então se soltaram e a illyriana se voltou para Azriel e o deu um tapa no braço o fazendo reclamar.
— Como você não me avisa que ia trazer sua parceira?! — disse ela. — Eu teria me preparado melhor! Fica mais de meses sem vir me ver e quando vem não avisa!
Gwyn prendeu o riso e comprimiu os lábios se segurando.
— Eu não tive tempo — respondeu Azriel e levou mais tapas da mãe. — Ai! Mãe!
— Você nunca tem tempo! — disse Olea e então se voltou para Gwyn que agora estava com as mãos sobre a boca. — Me desculpe querida, eu não tenho nada preparado... Mas podemos fazer! Vamos, venha!
A ruiva concordou sorridente e ela e a sogra deram os braços indo em frente para a charmosa casa com Azriel as seguindo e quando chegaram na varanda Olea disse:
— Ah! Querido você pode trazer alguma carne? Estou sem estoque — se voltou para Azriel que ergueu as sobrancelhas e Gwyn segurou o sorriso quando ele a olhou seriamente e depois voltou a olhar a mãe semicerrando os olhos.
— Você quer que eu mate um carneiro? — perguntou.
— Não, eu estava pensando em fazer carne de cervo — disse Olea. — Pode ir caçar? — cantarolou e Azriel arqueou a sobrancelha.
Ele olhou bem para a mãe e depois para Gwyn.
— Está bem, mas pode demorar... — ia dizendo.
— Ah! Acredito que você consiga fazer rápido! — disse a mãe dele praticamente o empurrando para fora da varanda e Gwyn novamente estava rindo.
— Mãe... — disse Azriel em aviso.
— Apenas vá, esperamos por você — Olea o virou de costas e o deu um tapa na bunda de Azriel o fazendo sobressaltar.
— Mas com esse tempo... — ele ia dizendo enquanto a mãe o empurrava.
— Confio na sua habilidade filho — ela disse o dando um empurrão por fim e Az se voltou para ela com aquela feição desconfiada no rosto. — O arco e as flechas estão na cabana como sempre.
O encantador de sombras olhou da mãe para a parceira que ria baixinho e corada enquanto o olhava e então ele desistiu de tentar fazer a mãe mudar de idéia e fora fazer o que ela pediu.
Olea se voltou para Gwyn rapidamente agarrando a saia do vestido e fora rápido até ela.
— Rápido, rápido! Não temos muito tempo sem ele — ela disse agarrando o braço de Gwyn que deu risada. Ela tinha que admitir que esperava algo diferente da mãe de Az, talvez alguém tal melancólica quanto ele, mas Olea era o total oposto e aquilo era muito divertido, e a maneira que ela tratava Az como se ainda fosse um menino fora a cereja do bolo.
Entrando na casa um cheiro gostoso de canela, pão assado temperos variados invadiu as narinas de Gwyn e todo ambiente era quente e acolhedor. Uma lareira onde algo era cozido numa panela, na cozinha um fogão a lenha e um forno, além disso diversas ervas penduradas no teto sendo ressecadas para poder fazer temperos, havia tapetes de pele pelo chão de rena pelo chão e alguns objetos decorativos que davam aquela ar de casa do campo.
A escadas que levava para o segundo andar era escondida atrás de uma parede deixando assim o ambiente mais amplo.
— Você gosta de pão? Eu estou assando alguns, acredito que logo estejam prontos — disse Olea retirando as botas lameadas e o casaco. Ela colocou sapatilhas e ajeitou o cabelo.
— Eu adoro — disse Gwyn. — Posso perguntar por que mandou Az ir caçar? Além da carne claro.
A sogra deu risada.
— Eu quero conhecê-la melhor — disse indo até os armários de madeira com portas trabalhadas, entalhadas com ramas de folhas. — E não quero Azzy o tempo todo nos observando e escutando.
Azzy.
Gwyn prendeu o riso, jamais imaginou que o parceiro tivesse um apelido tão fofo.
— Totalmente compreensível — disse Gwyn olhando em volta. — Precisa de ajuda?
— Ah, vou preparar o tempero para o cervo e mais algumas coisas, pode se juntar a mim se quiser — disse Olea enfim se voltando para Gwyn com uma garrafa de vinho em mãos. — Gosta de vinho?
Gwyn não era muito fã de saborear bebidas com teor alcoólico, mas...
— Adoro — ela disse e a sogra fez uma pequena comemoração.
— Vamos beber enquanto preparamos — pegou duas taças de metal trabalho e Gwyn engoliu em seco.
Tudo bem, ela podia fazer aquilo, tirou o casado pesado ficando de sueter e então fora para a cozinha ajudar Olena que a entregou uma taça cheia e Gwyn rezou para a Mãe ajudá-la a beber e a cozinhar, ao mesmo tempo.
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Parceiros (CONCLUÍDO)
FanficFanfic da série de livros ACOTAR, que pertence a Sarah J Maas. Azriel e Gwyn possuem uma boa e comum amizade, quase não se viam, apenas quando ele tinha tempo para ir treinar com as sacerdotisas e depois quando ele ia treinar a noite no ringue, sem...