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Havia combinado de encontrar Lucien na sala de estar da Casa e dali eles partiriam para Velaris onde também almoçaram naquele dia. Gwyn se olhava no espelho arrumando as poucas imperfeições no manto azul pálido, ajeitava os cabelos e verificava a bolsa de lado de couro marrom e estava pronta, totalmente pronta para seu primeiro passo no mundo exterior.

Ela fora até a sala de estar e Lucien a esperava ali, os cabelos ruivos soltos sobre os ombros e costas e uma roupa casual, perfeita para um dia de passeios. A ruiva reosirou fundo e ergueu o queixo, ela marchou até o pai que sorriu de maneira suportiva e então havia chego a hora de partir para o mundo abaixo da Casa do Vento.

Como não podia atravessar de dentro da Casa, Rhysand estava ali para ajudá-los a descer, primeiro ele levou Lucien e depois voltou encontrando uma Gwyn nervosa que roía as unhas e apele em volta.

— Não se preocupe — disse Rhysand e ela o olhou. — Velaris é a cidade mais segura que pode imaginar.

Ela sabia daquilo, mas mesmo assim a ansiedade a corroía por dentro, mas não daria meia volta, não se trancaria no quarto, não daquela vez.

O Grão-Senhor os atravessou para onde Lucien estava e quando Gwyn olhou para o chão e viu as pedras da rua seu coração disparou e olhando em volta viu as dezenas de casas e feéricos de perto, carruagens passando, sons diversos e aquilo a deixou um pouco nervosa, mas quando sentiu o calor da mão de Lucien sobre a sua o olhou.

— Não vou soltar sua mão — ele disse olhando em seus olhos e Gwyn quase chorou de alívio. Ela olhou para Rhysand que sorriu empático e acenou, ela devolveu o gesto.

— Ah, Lucien — disse o Grão-Senhor fazendo o pai de Gwyn olha-lo. — Estão convidados a jantar conosco hoje.

A ruiva então percebeu o olhar do pai sobre si, o olhou percebendo que ele esperava que ela desse uma resposta a Rhysand, ou seja, o que ela desejava era o que iria valer.

Ela olhou para o irmão de criação de Azriel.

— Vamos sim — disse com um belo sorriso e Rhysand sorriu de volta.

— Eu esperava que sim — ele disse. — Tenham um bom passeio.

Com isso ele levantou vôo deixando os dois ruivos sozinhos e Gwyn olhou lata a rua movimentada novamente. Ela apertou a mão de Lucien que acariciou as costas da mão dela com o polegar.

— O primeiro passo é seu — ele disse com calma e Gwyn assentiu respirando fundo. Era um passo, apenas um, mas um dos mais importantes em sua jornada e quando suas pernas trêmulas se moveram ela quase não acreditou.

Passo a passo ela fora andando, sem soltar a mão de Lucien um segundo sequer e ele a acompanhando com a maior paz, calma e paciência existente. Quando Gwyn percebeu que agora a andava no meio de várias pessoas, mesmo de mais dadas com o pai, ela se sentiu feliz, feliz ao ponto de sorrir largo e até mesmo ganhar uma rosa de um vendedor.

Era lindo, simplesmente lindo, as casas de arquitetura montanhesa, as lojas, os cheiros, a alegria das crianças correndo e brincando na rua... Mas o que chamou a atenção de Gwyn fora a música, a música mais linda e éterea que havia ouvido, diferente de escutar dos telhados como estava acostumada a fazer com Azriel e quando ela deu por si estava guiando seu pai até aquela música no Arco-íris de Velaris.

Eram tantas cores, tantas, o cheiro de tinta pairando no ar, a música tocando. Era um sonho, um literal sonho. Ela se aproximou de um grupo de músicos e parou ali os assistindo com Lucien ao seu lado e ela poderia ter ficado horas e horas ali escutando e observando-os tocando os instrumentos. Mas havia muitos outros lugares para ver ainda.

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