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A missão estava indo bem e tranquilo até que o laço enviou a Azriel a excitação de Gwyn, e aquilo o deixou extremamente tentado a deixar tudo e ir até onde a parceira estava para suprir os desejos dela, mas, seguiu a razão e sabia que seria apenas momentâneo... Ou pelo menos achava que seria. Com o passar os dias ele sentiu que Gwyn ainda estava excitada e pelos deuses ele sentia o prazer dela quando a mesma se tocava e aquilo o estava deixando louco, totalmente louco.

Quando voltou ele fora direto até a Casa do Vento, depois iria atualizar Rhysand sobre a missão. Ele sabia que naquela hora Gwyn estaria no treino, então optou por pousar no terraço de pouso da Casa e seguiu andando até o ringue. Azriel planejava retirar Gwyn dali sem suspeita, levar ela para dentro e beija-la até que ela pedisse arrego, porém, quando ele chegou na porta e viu aquele macho tão próximo de sua parceria, a olhando com ternura, uma fúria indescritível preencheu Azriel e ele teve que se controlar para não avançar no tal Balthazar e afasta-lo de sua parceira.

Mas toda aquela raiva e ciúme havia sido retirado dele após ele e Gwyn irem para a pequena sala onde geralmente Azriel conversava com Cassian em frente a lareira. Era claro que ele ainda planejava beija-la, mas apenas beija-la já que supunha que era o que sua parceira aceitaria no momento, mas então, ela pediu mais, pediu para ele toca-la, pediu para dar a ela prazer e ele o fez com muito, mas muito gosto, o único problema depois fora que ele teve de deixá-la pois ele queria ir mais a adiante e sabia que Gwyn ainda não estava pronta.

Fora prazeroso de fato dar prazer a sua parceira, ouvir os gemidos dela, beija-la e depois sentir o gosto dela nos próprios dedos depois de masturba-la. Azriel não tirava de sua cabeça agora a ideia de devora-la com a boca, lambe-la e sentir o gosto dela inteiro na língua. Mas esperaria por ela, esperaria que ela lhe pedisse, de novo.

Já era noite quando ele saiu enfim do quarto, agora limpo, com roupas causais e um pouco cansado, mas queria vê-la e então fora até a biblioteca particular da casa. Chegando ali procurou por Gwyn e a encontrou sentada num sofá, o corpo escorado no braço desse, as pernas dobradas em cima do móvel e no colo um livro cujo ela sorria ao ler.

A parceira de Azriel usava uma camisola azul clara de algodão, alças finas e... Curta, deixando as lindas coxas evidentes. Ele respirou fundo fechando os olhos e fechando as mãos ao lado do corpo e enviou uma de suas sombras te Gwyn para avisá-la que estava ali e a ruiva viu o filete de sombra brincando em sua respiração e sorriu, ela o olhou e fechou o livro em seu colo.

— Por onde esteve? — ela perguntou com um sorriso até malicioso nos lábios levemente carnudos e avermelhados.

— Descansando — ele disse se aproximando e se sentando do outro lado do sofá.

— Foi uma missão bem demorada — disse Gwyn pegando o cabelo e o colocando para o ombro esquerdo, deixando assim o lado direito do pescoço e o ombro delicado e feminino livres.

— Apenas espionagem básica — disse Azriel levando as costas dos dedos ao ombro de Gwyn e os roçando ali. — Mas cautelosa.

Ela sorriu.

— Podia me ensinar — disse a parceira de Azriel o fazendo erguer as sobrancelhas.

— Quer ser espiã? — perguntou com um sorriso pequeno nos lábios.

— Não, mas eu acho que habilidades de espionagem podem ajudar muito uma valquíria — ela disse e Azriel deslizou as costas dos dedos pelo braço da fêmea. — E eu poderia ir em missões, também.

— Hmm... — resmungou Azriel. — Eu fico um mês e meio fora e você já está querendo sair em missões de espionagem? O que eu perdi afinal?

Gwyn deu risada e então deixou o livro sobre a mesinha baixa próxima e fora até o mestre-espião espião que ficou surpreso quando ela deitou a cabeça em seu colo. Az levou uma mão aos cabelos da valquíria começando a acariciar os fios acobreados e sedosos e a outra mão repousou sobre a barriga dela.

— Eu sai — ela disse e ele a olhou surpreso. — Não sozinha, pedi para Lucien me levar e ele me acompanhou — ela sorriu doce e mordeu o lábio inferior. — Ficou junto de mim o tempo todo, só soltou a minha mão quando eu estava segura.

— Então, vocês estão se dando bem? — perguntou fazendo um leve cafuné na parceira que assentiu.

— Ele é... Muito bom — ela disse colocando a mão sobre a dele em sua barriga. — Vem me ver todos os fins de semana, me deu essa pulseira — mostrou a jóia. — E fez questão de pagar tudo o que eu comprei em Velaris no nosso passeio. Além disso, conversamos bastante.

Az assentiu com a cabeça.

— Então Lucien é um bom pai? — perguntou e Gwyn deu um sorrisinho feliz.

— Acho que é — ela disse. — Ainda não consigo o chamar de pai, mas... Acho que eu e ele sentimos que gostamos do outro, se não, ele não se esforçaria tanto.

Ele sempre se esforça.

Pensou dizer a ela, mas... A situação com Lucien era um pouco complicada.

— E no fim fomos jantar na casa do rio — disse ela e Azriel arqueou a sobrancelha. — Rhysand nos chamou.

— Então você foi jantar com a minha família, sem mim? — ele perguntou e ele assentiu levemente. — E você gostou?

— Sim, foram todos muito simpáticos — ela disse. — Mas Lucien ficou a maior parte do tempo quieto.

Az suspirou e comprimiu os lábios.

— Vocês não gostam dele — afirmou Gwyn o fazendo arregalar um pouco os olhos e ela então se sentou e ele a olhou. — Eu sei que não, ele mesmo diz que não se sente bem vindo.

— Não é verdade...

— Isso é o que você fala — retrucou ela. — Eu vejo no olhar dele, Az, e além disso, meu pai está... — parou e respirou um pouco. — Muito quebrado, ferido... Não é atoa que ele se enfurna na Terra Humana com a rainha.

Ele podia tentar refutar, mas Gwyn tinha razão.

— A situação é complicada — ele disse. — Questões antigas...

— Mas o que vale é o momento de agora — ela disse. — Vocês deveriam dar uma chance a ele, recebê-lo melhor... Lucien é uma pessoa boa e que está muito machucada por dentro.

Azriel respirou fundo e enrolou uma mecha do cabelo de Gwyn em seus dedos cobertos de cicatrizes.

— Eu vou tentar — ele disse e ela o olhou arqueando a sobrancelha. — Por você, afinal... — ele deu um riso desacreditado. — Ele é seu pai.

Logo, futuro sogro de Azriel...

— O que foi? — perguntou Gwyn o olhando curiosa.

— Nada... É só que eu já estava em guerras quando seu pai nasceu — ele disse e Gwyn deu uma pequena risada.

— A parceira dele é mais nova do que eu — ela disse e Azriel riu também. — Isso é esquisito.

— Demais, mas, somos feéricos então é normal — ele disse colocando o cabelo dela atrás da orelha e depois repousou a não no rosto dela acariciando a bochecha sardenta e corada com o polegar.

— Eu senti sua falta.

As palavras vieram do fundo de seu coração e ao ver os olhos de Gwyn brilhando tinha válido cada sílaba.

— Eu também — ela disse pegando a mão a dele e a afagando. — Estava preocupada, foi a primeira vez que ficou tanto tempo fora... Fiquei pensando que alguma coisa poderia ater acontecido, mas algo sempre me confortava dizendo que você estava bem.

A parceria. Era o que ele queria dizer.

— Prometo que jamais darei motivos para se preocupar — ele disse retirando a mão do rosto de Gwyn e passou o braço pelos ombros da valquíria a puxando para si a aconchegando ao seu peito e ela o abraçou mantendo o rosto contra seu coração que batia calmo, suas sombras dançando lentamente, embaladas pela calmaria que Gwyn causa nele e nelas. 

— É bom ter você de volta — ela disse e suspirou profundamente.

Az sorriu casto e acariciou o braço dela em seguida dando um beijo no topo da cabeça da parceira e depois fechou uma asa parcialmente sobre ela e Gwyn se aconchegou mais a ele. Aos poucos os olhos de Azriel foram se fechando, assim como os dela, e quando menos notaram estavam dormindo abraços no sofá e a Casa diminuiu as luzes para que o casal enfim descansasse, juntos, como deveriam ficar.

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