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ATENÇÃO: HAVERÁ GATILHOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NESSE CAPÍTULO. LEIA COM RESPONSABILIDADE.

Era uma tortura estar ali, uma tortura, sabia que Azriel queria apenas o seu bem, e Lucien também, mas se sentia impotente ficando ali sem poder estar ao lado deles, os ajudando de qualquer forma.

— Tenho certeza de que as outras cortes vão ficar do nosso lado — disse Amren que estava com o trio de valquírias na Casa do Vento e também Elain que estava próxima a uma janela olhando para Velaris enquanto segurava Nyx em seus braços.

— Como pode ter tanta certeza? Um território sem um Grão-Senhor é um alvo de grande interesse, acho que para todos — disse Gwyn mordendo a pele do cantinho da unha. — E se tiver uma guerra entre todas pela posse do território da Primaveril?

— É uma possibilidade — disse Amren. — Mas, temos uma aliança forte com a Diurna e Estival, estável com a Crepuscular e a Invernal. Prefiro acreditar que sejam sábios ao escolher ecurraçar Beron da Primaveril.

— Mas, mesmo se ele for tirado de lá — disse Emerie. — Ainda não vai ter um Grão-Senhor, não é? Já que o de lá...

— Duas opções para Tamlin — disse Amren cruzando as pernas. — Ou ele abandona de vez o posto de Grão-Senhor passando para outro ainda em vida, ou, ele morre e a magia procura o próximo. Ele não tem família alguma viva, então, pode escolher qualquer um.

— Isso está me dando nos nervos — rosnou Nestha. — Podíamos ter ido junto.

Elain que acolhia Nyx nos braços olhou para a irmã e depois para Gwyn que ainda comia as unhas e a pele em volta delas.

— Deveriam ir até eles — disse a irmã de Nestha e todas, inclusive Amren, olharam-na.

— Como assim? — questionou Nestha franzindo as sobrancelhas.

— Vocês deveriam ir e ajudar — repetiu Elain.

— Rhysand fora bem claro sobre ficarmos e fazermos a segurança de Velaris — disse Amren. — Não podem simplesmente sair atrás dos machos de vocês.

Gwyn respirou fundo, a pequena fêmea tinha razão, mas... Algo estava grilhando nos ouvidos da ruiva.

— Eu vou — ela disse e todas a olharam. — Vou até a Primaveril.

— E o que pretende fazer, exatamente? — questionou Amren vendo Gwyn ir até a porta da sala.

— Confiem em mim, sei o que estou fazendo.

Ninguém disse mais nada, se acreditavam nela também não disseram, mas não a impediram de ir vestir o trage de batalha, vestir a capa, o capuz e a máscara que Azriel a havia dado e depois   dar um jeito de ir até a Primaveril e encarar de frente a família Vanserra.

**

Com muito custo, Gwyn havia conseguia chegar, quase depois de horas e horas, e ali estava ela, junto as sombras se escondendo e esgueirando, observando a movimentação do acampamento montado pelos homens de Beron em volta de fogueiras grandes onde assavam suas caças.

Além da luz da meia lua no céu, apenas a luz dourada do fogo das fogueiras e tochas iluminavam o acampamento enquanto dentro dos restos da linda mansão, luzes feéricas iluminavam lugares específicos.

Tudo o que Gwyn precisava era chegar até seu alvo e ali recolheria todas as informações que precisava para ajudar a desmantelar aquela investida de Beron, e claro, descobrir quantos tropas e quantos mais aliados estavam por vir.

A valquíria se esgueirava com cuidado pelos jardins tomados de mato e palmtas parasitas até uma entrada aberta, uma janela e quando chegou ali e ia saltar para dentro escutou o som de uma lâmina sendo retirada da bainha.

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