De volta a casa

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Itachi lhe deixara para dormir ali naquele dia e Kaya se sentia mal com toda a situação

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Itachi lhe deixara para dormir ali naquele dia e Kaya se sentia mal com toda a situação. O que Sasuke pensaria dela passando tanto tempo com o irmão que ele tanto odiava? Contudo, seu corpo estava fraco. Kaya mal chegara até ali, quem dirá a longa travessia até a vila da névoa... Seu coração se apertou ao pensar em Sasuke. Queria desesperadamente senti-lo novamente. Os braços ao seu redor, os lábios em cada pedaço de sua pele, os fios de cabelos lisos e sedosos deslizando pelos seus dedos e roçando em sua pele quando ele lhe beijava o corpo nu.

Sentiu falta dele. Do quanto ela sabia ter sido uma das poucas a conhecer o que Uchiha Sasuke tinha de bom. De verdadeiramente bom. Lagrimas escorreram pelo seu rosto e ela suprimiu os soluços. Enrolou o corpo ao redor de si mesma. Não fazia tanto tempo que ficara sem Sasuke, mas já era horrível. Como iria aguentar o resto da vida? Pois sequer tinha certeza agora se de fato um dia ele voltaria. A musica que ela escrevera há tanto tempo parecia uma tolice vista do ponto de vista dela naquele momento.

– Kaya? – Ouviu a voz de Itachi perto de si. Ergueu os olhos da cama e passou a mão pelo rosto. Tentou parecer composta, mas a preocupação no rosto de Itachi era gritante. – O que houve?

Jamais imaginou que Itachi se tornaria um amigo, mas tornou – se. Ele lhe trazia uma lembrança distante de Sasuke, mas uma que não era dolorosa. Era um bom ouvinte e quando achava necessário dava conselhos perspicazes, contudo... O plano dele. Fazer Sasuke tornar-se seu assassino... Aquilo poderia destruir Sasuke. O segredo da verdade deveria morrer com eles. Sasuke jamais poderia descobrir.

– Sinto falta dele. – Admitiu. Itachi assentiu e se sentou ao lado dela deixando que Kaya o abraçasse. A ideia era estranha, pois Itachi parecia sempre composto, frio e distante, todavia ele era surpreendentemente reconfortante. Novamente, aquele abraço lhe lembrou de Sasuke e ela sentiu as lagrimas fluindo novamente.

–Eu também sinto.

[...]

Era quase crepúsculo quando Hideo resolveu andar pela vila da nevoa. O tempo era de paz, ao menos uma provisória pelo que ouvia de Chojuro e da Mizukage. Ele não era dado a passeios, geralmente ficava em casa com seus relatórios ou em suas milhares de pesquisas que liderava pra Mizukage. Pesquisas sobre o paradeiro de sua antiga parceira de time.

Kaya desaparecera há quase três anos. Dois anos e oito meses. Ele contara naquele tempo todo. Ele ainda causava medo nos aldeões de Kiri, mas havia um respeito cauteloso agora. Ninguém falava com ele nas ruas, mas também não lhe lançavam olhares ríspidos. Depois de tantos anos ele ainda era marcado como a ultima das crias de Yagura.

Ele costumava ir a entrada da vila, apenas para ir e voltar. Quase que fazendo uma análise da vila inteira e então indo à entrada e voltando. Anos na névoa sangrenta fizeram daquele um habito vicioso. Ir até ali ver colegas partindo para missão, chegar ali novamente para receber reportes de suas mortes, conferir a lista de mortos diários nos postos de entrada... Um habito mórbido que Hideo jamais perdeu.

A flor de geloOnde histórias criam vida. Descubra agora