Descontrole

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Um silencio pesado tinha se instalado após as palavras dolorosamente realistas de Kaya quanto ao fatídico destino a qual fora condenada assim que nascera

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Um silencio pesado tinha se instalado após as palavras dolorosamente realistas de Kaya quanto ao fatídico destino a qual fora condenada assim que nascera. Sasuke estava tendo dificuldades sérias para distinguir o que estava sentindo. Supunha que o principal era a raiva, isso era certo. Como ela podia dizer que ele faria tempestade em copo d'agua? Estavam falando da morte dela ali, não apenas um jutso perigoso que tinha algumas chances de machuca-la.

— Você não vai realizar esse jutso, Kaya. – Ele disse em um tom decisivo e ela deu um sorriso amargo.

Racionalmente, Sasuke sabia que não tinha como impedir. Que não tinha direito ou capacidade disso.

Racionalmente não era o forte dele.

—Eu não quero. Para ser honesta, houveram dois momentos em toda minha vida que eu não quis realizar esse jutso. Anos atrás, quando fugi com Haku. E agora, estando contigo. Entretanto, eu não poderia nunca ver a Deusa voltar e destruir tudo que muitos lutaram para conseguir e muito menos matar aqueles que amo. Kaguya não virá para o bem, ela virá para uma nova era onde destruirá tudo da antiga. – Kaya não o olhava nos olhos, ela mantinha o olhar nas mãos, que estavam no colo, mexendo nas unhas longas.

— E não ira realizar jutso algum. – Sasuke replicou – Não me importo com o que outros construíram. Nada tem que permanecer sob o preço da vida de alguém.

Não sob preço da vida dela. Por um momento, Sasuke imaginou aqueles brilhantes olhos azuis escuros apagados. A vida perdida. Sem mais as exuberantes risadas quando se distraia, ou o sorriso maldoso quando o provocava, sua infinidade insuportável de ordens que em algum momento ele aprendera a gostar e sem... sem vida.

Parecia que um buraco tinha sido cavado no seu peito. Ele não se sentia tão oco, furiosamente vazio e com medo de algo intangível, desde que encontrara toda a sua família morta e ainda não sabia a quem culpar.

—É a minha ou a de um mundo inteiro. – A menina simplesmente respondeu – A Akatsuki quer juntar todos os Bijuus, nisso eles irão ressuscitar o Juubi, que é a união deles. Quem tentar ser o jinchuuriki do Juubi acabara invocando a Deusa acidentalmente. Nenhuma das outras realmente esteve frente a frente com uma iminente possibilidade, exceto eu.

— Uma vez você descobriu que eu estava aqui para ser o receptáculo da alma de Orochimaru e me disse algo. – Kaya ergueu os olhos pra ele, lembrava-se daquele dia. Tinha sido o primeiro beijo deles, agora parecia uma época distante. Os olhos negros de Sasuke parecia mais abrasadores do que carvão incandescente. – Não morra.

Ela sorriu. A lembrança que aquilo invocara era suave a ela. Kaya amava se lembrar da história conturbada deles. Ela passou os dedos pelos fios negros do cabelo do Uchiha, sorrindo tão docemente que Sasuke se perguntou o que fizera ela assumir aquele humor.

— Não pretendo de qualquer maneira.

[...]

Sasuke e Kaya estavam na cachoeira. O Uchiha estava na queda d'água e ela apenas deitada numa pedra pegando um pouco de sol. Sasuke achava estranho que ela gostasse tanto de sol tendo crescido numa vila que costumava chover e nevar quase sempre e quando fazia sol não era forte. E o engraçado era que mesmo sendo absurdamente branca ela não ficava queimada, vermelha ou rosada de sol.

A flor de geloOnde histórias criam vida. Descubra agora