s e p t

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Avisos

Todas as falas sublinhadas indicam que o personagem está falando outro idioma.

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Champanhes caros, joias, vestidos brilhantes, chinelos de dedo, whisky antigo, música alta, mulheres dançando, homens babando, uma taça, duas, três, seriam quatro? Não, já tinham sido seis

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Champanhes caros, joias, vestidos brilhantes, chinelos de dedo, whisky antigo, música alta, mulheres dançando, homens babando, uma taça, duas, três, seriam quatro? Não, já tinham sido seis. Seis? Ada não tinha certeza, talvez fossem cinco ainda, ou talvez oito. Já tinha perdido as contas.

O suor na pele a impedia de pensar direito, a música era apenas uma melodia constante e já não conseguia mais compreender a letra, alguém se aproximou e colocou na morango boca dela, azedinho e doce, perfeito como deve ser. Muitos rostos, pouca atenção. O álcool começava a fazer efeito na melhoria das habilidades sociais da policial.

— Olha só, já tá toda soltinha — Ezra comentou ao ver Ada passar, com uma taça de vinho na mão, os fios soltos presos num coque bagunçado para espantar o calor e a pele das costas brilhante pelo suor.

— Fica olhando pra outras mulheres pra você ver se não apanha quando chegar em casa —  Satoru riu do amigo, o rapaz apenas deu uma bela gargalhada.

— É só um comentário, mas no ritmo que ela tá bebendo, vai ficar doidinha daqui a pouco — Ezra se esticou inteiro e abriu uma nova lata de cerveja. Ele preferia beber nas latas de alumínio ao invés das garrafas de vidro.

— O Raijin tá puto porque até agora não tirou nem uma casquinha dela direito... e todo mundo tá de olho, feito um bando de urubus — o platinado observou a mulher parada perto da mesa de petiscos.

Ele realmente não tinha tirado os olhos dela, tinha observado cada detalhe com uma atenção minuciosa, e foi tão preciso que todas as roupas que ele escolheu para colocar na mala serviram perfeitamente nela.

Ezra, entretanto, se levantou e foi até ela, com o constante sorriso bobo no rosto e o jeito de malandro que ele tinha naturalmente.

— E aí, americana — o rapaz comentou, chamando a atenção da policial. — Fiquei sabendo que seu pai é dos Estados Unidos.

Ada franziu a sobrancelha, mas sorriu. Ela não se lembrava se tinha ou não contado aquela informação para algum deles, mas tinha plena certeza de que talvez estivesse numa das páginas virtuais pré-moldadas pela polícia.

— É sim — foi tudo o que ela respondeu, receosa, pois aquilo poderia ser um interrogatório disfarçado.

— De onde ele é?

— Little Creek, Virginia.

— Ah, poxa. Achei que ia encontrar alguém do mesmo lugar que eu — a resposta em inglês fez Ada erguer uma sobrancelha em surpresa.

O rapaz sorriu, exibindo os grandes dentes brancos.

A forma de falar inglês era muito natural, e não tinha quase nada de sotaque. Além disso, Ada reparou no rosto dele. Era claramente mestiço. Tinha traços físicos característicos do extremo oriente, mas divergia em alguns pontos.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora