q u a r a n t e - s e p t

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29 de julho de 2011

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29 de julho de 2011

Assim que saiu do banheiro, Sora avistou de longe a garota sentada à mesa de costas para ele. Aproximou-se vagarosamente até estar perto o suficiente, pousou as mãos nos ombros dela e sussurrou no ouvido:

— Seu namorado vai ficar bravo se eu te roubar um beijo?

Rindo e virando o rosto para o lado, Mizuki passou a pontinha do nariz na bochecha de Sora.

Na época, o rapaz tinha a alma muito mais leve e o cabelo loiro, natural e sem nenhum tipo de tinta por cima. Ele tinha sorrisos frouxos e risadas altas, cheio de alegria e olhos brilhantes.

— Ah, ele vai ficar muito bravo sim.

— Acho que não — ele riu e roubou um beijo, afinal, ele era o namorado.

Sora deu a volta e se sentou novamente no lugar, ficando de frente para a garota. Ela sorria gentilmente. A maquiagem brilhante e delicada apenas realçava a beleza que ela naturalmente tinha.

Ele poderia passar horas olhando para ela sem enjoar.

Estendeu a mão por cima da mesa e ela apoiou a dela sobre a dele. Acariciando os dedos, observou-a terminar de comer, já que a refeição dele já tinha chegado ao fim.

— Vai querer o que de sobremesa? — perguntou Sora.

— Hm...— ela ponderou, tocando com o dedo indicador no queixo. — Sorvete de baunilha com...

— Calda de caramelo por cima — Sora conclui, sabendo o pedido antes mesmo dela terminar de falar.

— É meu favorito! — ela riu.

Sora sorriu.

Mizuki tinha um sorriso largo, evidenciando todos os dentes grandes e perolados. Os lábios brilhantes pelo gloss a deixavam ainda mais bonita. Sora derretia um pouquinho mais sempre que a via.

— Tá de mala pronta? Daqui dois dias vou te levar para Paris — ele sorriu.

— Eu ainda nem contei para os meus pais que vamos viajar de novo — ela arregalou os olhos. Aqueles grandes olhos cheios de calor.

— Poxa, meu amor. Seus pais já não gostam de mim. Nesse ritmo, vou ter que te roubar pra mim!

— Eu esqueci, eu juro!

— Tá tudo bem — o rostinho gentil dela era a coisa mais linda do mundo.

O garçom se aproximou e Ikari pediu as sobremesas. Os pratos usados foram retirados e eles continuaram conversando.

Distraindo-se um pouco, Mizuki apoiou os braços na mesa e a cabeça em uma das mãos, encarando de forma sonhadora a família na mesa ao lado. Soltou um sorriso bobo ao ver o bebê comendo sozinho.

— Que carinha é essa? — Sora perguntou, tocando com a ponta do indicador no nariz dela.

— Eu estava pensando... eu ia adorar ter filhos com seus olhos! — ela sorriu, pegando-o de surpresa com o assunto.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora