d i x - s e p t

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31 de Outubro de 2018

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31 de Outubro de 2018

Era uma quarta-feira.

Era uma fodendo quarta-feira e Naoto já não aguentava mais.

Quando conseguiu confirmar que o evento de halloween da Canis realmente era o baile que estava sendo organizado no museu, o policial tentou arrumar diferentes tipos de trajes para poder infiltrar-se também. Mesmo contando com a possibilidade do baile ser temático, ele imaginava conseguir improvisar algo na hora, era halloween, afinal, Naoto estava esperando uma possível festa à fantasia ou um baile de máscaras, não deveria ser tão difícil...

O que ele não contava é que seria um fodendo baile steampunk!

Onde caralhos ele encontraria roupas que se encaixassem na temática? Ele não tinha ideia nenhuma e, por conta disso, continuava encarando o guarda-roupa com o semblante extremamente estressado, tardando ao máximo para atender o celular que não parava de tocar.

— Oi, Miya — falou quando finalmente atendeu, tentando manter a pouca paciência que ainda tinha.

Steampunk... por essa eu não esperava — Ada falou, e mais uma vez ele esfregou o rosto com a mão enquanto se olhava no espelho.

— É, eu tô me lascando pra encontrar alguma coisa pra vestir — Naoto deu um longo suspiro e encarou-se no espelho, esfregando as pontas dos dedos levemente sobre o abdômen exposto.

Dificilmente vai encontrar. Pela qualidade das roupas da Canis, todos vão saber que você improvisou de última hora.

— E esse não é o tipo de evento em que se arruma roupa de última hora — Naoto concordou.

É, mas não quer dizer que você não pode ir — Ada deu uma risadinha que fez Naoto pensar seriamente na situação. O que ela estaria aprontando?

— Ada Miyamura...

Só fica com o celular por perto e não vacila.

Sem que ele tivesse chance de resposta, a policial desligou o telefone e deixou Naoto com cara de bobo, ainda olhando para o espelho.

Ele encarou o próprio corpo e novamente passou a mão pelo abdômen, respirando fundo com os olhos fechados. Não fazia ideia do que ela estava aprontando, mas tinha certeza de que era um plano mirabolante, arriscado, mas absurdamente brilhante.

— Parece que eu não tenho muita escolha — sussurrou sozinho, abrindo a porta do armário e tirando uma camisa social branca de lá de dentro. Com sorte, tudo acabaria bem.

[...]

— Vai, Satoru, deixa eu ver — pediu manhosa e o platinado apenas deu uma risadinha.

— Vai ver quando estiver terminado, só fica quietinha — ele respondeu, terminando de apertar o espartilho de couro.

Alizarina - Sablier RougeOnde histórias criam vida. Descubra agora